Em plena noite, 3h30 da manhã... mais uma noite no serviço. Um serviço cheio... pesado. Histórias tristes em datas que se sentem como de alegria. Pessoas que escutam uma sentença definitiva... de meses, de dias. Não irá melhorar. A dor... vai-se controlando. Moscas que voam anunciando uma possibilidade. E vão partindo. Abandonando este mundo e quem fica por cá, chorando-os. Não o corpo inerte que fica, mas a alma que vai. As vivências, os sentimentos, as rotinas do dia-a-dia. A saudade instala-se. Cria-se então essa distância, tão grande e tão pequena, entre a vida e a morte. Esse espaço vazio pela ausência e cheio pela memória.
Eu, entretanto, caminho para o home alone. Os meus pais ainda por cá andam e eu vou aproveitando os miminhos, a comida da minha mãe, os almoços e jantares na companhia deles. Mas em Janeiro regressam para terras alpinas deixando-me sozinha em casa. O meu irmão e a minha cunhada já se mudaram e eu vou sentir de novo o que é ter a casa por minha conta. Vai ser bom, sentir essa independência, ainda que relativa. Poder gerir aquele espaço sem grandes justificações para além das que dou a mim mesma. Levar quem quiser, às horas que quiser, sem ter receio de incomodar.
Hoje fiquei também feliz porque levei os meus pais "à minha prenda de Natal para eles". Ao teatro! Amanhã saberei se gostaram!
Bom, vou esticar as pernocas... daqui a nada cá estamos de novo para acordar estes senhores, de uma maneira pouco agradável, por muito meiga que seja...
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