Sunday, May 31, 2009

I did not come here to tell you
that I can't live without you,
because I can...
I just don't want to.
Destino... procura-me e mostra-me. Hoje e amanhã. Dá-me. Quero. Eu sou assim.

Thursday, May 28, 2009

Porque partilhar é bom...

... foi bom partilhar um bolinho e uma grande conversa, na esplanada, numa tarde solarenga e de um verão que espero tenha vindo para ficar.
... foi bom partilhar angústias e sentires em relação à profissão que decidimos escolher.
... foi bom partilhar conversas sobre o futuro, sempre incerto, e onde este nos pode levar.
... foi bom falar de como o tempo transforma tantas coisas e desconhecidos ou colegas se tornam amigos para toda uma vida.
... foi bom partilhar conhecimentos, dúvidas e fontes de informação que nos dão algumas respostas.
... foi bom partilhar a roupa que não me serve ou já não uso e ver como ficas bem com ela e como sorris envergonhada porque "vais levar mais uma peça".

Essencialmente, foi bom e é sempre bom partilhar uma boa tarde com uma boa amiga. Gosto de vocês, meus amigos e amigas, mais do que muito. O que me dão todos os dias são motivos para sorrir e lutar contra tudo o que de menos bom pode acontecer no meu quotidiano. Obrigada por isso! E nunca deixem de fazer parte da minha vida :)

Tuesday, May 26, 2009

Existe.


Tardes agradáveis em Carcavelos...
sol, passeio, praia, esplanada...
e a companhia de uma grande amiga.

Monday, May 25, 2009

Custa crescer...

... disseste-me tu outro dia. Ah pois custa! Custa ouvir alguém dizer que não sabe como vai perder o amor da sua vida e não poder chorar com ela também mas acalmá-la, falar calmamente, estar ao seu lado. Enquanto se despede, enquanto decide, enquanto gere sentimentos diversos e contraditórios que eu nunca entenderei... são dela, deles, de anos e anos de partilha. Custa ver alguém que sempre esteve, que sempre foi, que é todos os dias a toda a hora... sentir-se ausente, negligente, como se o estivesse a abandonar. A ele, que nunca fica sozinho, porque de noite, mesmo quando ela não está lá fisicamente, está nas horas de sono perdidas atormentada com o possível telefonema do hospital, com a ideia de que ele pode estar a chamar por ela, que pode estar com dores. É o vazio da ausência que ainda não aconteceu. A saudade que se instala de tempos passados quando ainda existem momentos presentes para viver. É a grade da cama para baixo apenas para estar um pouco mais perto dele. A mão que toca, o beijo que se dá. A incerteza de amanhã poder dar outro... e o rosto coberto de água, pura e genuína, dela. Da alma dela.
... sim, custa muito crescer!

Final de Estágio.

Já acabou. A experiência de orientação de um grupo de 9 alunos de Enfermagem terminou, quase como um flash no momento de uma fotografia. Rápido, conciso, captando o que de melhor e o de pior há no momento, naquele momento. Falta o dia de avaliação, uma pequena reunião, troca de ideias, pareceres e sentires, tão importante para o aluno e tão desconcertante, às vezes, para o orientador... mas que no fundo em nada se compara com aquela primeira vez em que puncionam um doente, falam com a família de um doente em fase terminal, prestam cuidados de higiene no leito, encontram o corpo sem vida quando achavam que iam lá para dar a refeição à pessoa... as conversas que daí surgem, as lágrimas que não controlam, as diferentes reacções de cada um a um mesmo momento, período de tempo, situação. Explicar ou não explicar nada. Dar-lhes o espaço acompanhado para interiorizarem tudo. As perguntas que saltam em cada abordagem que nos fazem... umas que são respondidas com ponderação, de forma acertada e raciocinada, outras que saem ainda o cérebro não teve tempo de as percepcionar... resultado? Teorias brilhantes, do género dos estudos feitos no Cazaquistão (piadinha de estágio, responsabilidade do outro orientador...).
E fui eu, a absorver tudo. A aprender provavelmente muito mais do que eles sabem que eu aprendi. A observar também... eles, a interacção deles com os doentes, o outro orientador... sim, porque eu "ajudei" a aprender, ou melhor, a fazerem o percurso deles de aprendizagem, com apoio, mas também eu andei a captar tudo, perceber estratégias pedagógicas, a conversar e partilhar experiências que me ajudam a fazer melhor da próxima vez.
Se foi bom? Foi excelente. Percebi que gosto mesmo disto. De aliar a Enfermagem à Educação.
Se foi cansativo? Andei exausta. Não necessariamente porque a nível físico seja mais pesado, porque não é, mas porque iniciamos o turno com a atenção redobrada, com os olhos e ouvidos bem abertos, tentando captar tudo o que se passa, e esse nível de atenção só desce no final do turno...
Temos de nos conhecer muito bem e viver muita coisa, antes de nos tornármos a mulher de alguém. (Beyonce Knowles na Oprah)

Falta de civismo e transportes públicos.

Há já uns tempos que não andava um dia todo de transportes públicos, de um lado para o outro. Hoje utilizei-os todos... metro, autocarro da Carris, da Vimeca e comboio da CP, e lembrei-me do que me irrita nas pessoas a andar neles.
Os velhotes que, por o serem, acham que têm direito ao meu lugar quando têm outros tantos vazios mas cuja "companhia" não é tão agradável. Demonstrações de racismo e xenofobia...
O autocarro da Carris cheio de gente, quente, com todos os cheiros possíveis e imaginários no ar, com os vidros embaciados... eu de pé e de costas... e as náuseas!
As pessoas que, num conjunto de dois bancos vazios, se sentam no do corredor, para ver se vão toda a viagem sozinhas... resultado? No meio dos solavancos têm de se levantar e arriscar uma queda para deixar que outra pessoa se sente no banco ao lado.
Do perfeito incumprimento da ordem que existia na paragem, antes do autocarro abrir a porta.
Ainda assim, gosto de andar de transportes públicos. Mas hoje em dia, não compensa em muita coisa... entre elas, no tempo e no preço que se gasta, pelo menos para ir pontualmente a Lisboa. Hoje gastei quase 8 euros.

Cúmulos...

Um senhor a pedir esmola no metro e a falar ao telemóvel.

Quem comprou o telemóvel e quem pagará as chamadas?...

Sunday, May 17, 2009

É bom.

Há muito tempo que não tinha dias assim, tranquilos. Dias para sair, para me divertir, para dormir 10h de sono e ainda ter tempo para trabalhar e diminuir a imensidão de coisas que tenho para fazer.
Ontem, Lisboa de noite. As ruas que rodeiam o castelo, depois de um saboroso mergulho na gastronomia indiana e no aconchego de vozes e gargalhadas familiares. Ruas de pedra, envolvidas em luz amarelada de candeeiros típicos. Noite de música no Santiago Alquimista.

Noites lisboetas.


Calcorreando Lisboa, de madrugada...

Wednesday, May 13, 2009

12 de Maio - Dia Internacional do Enfermeiro

E, em 2009, o dia em que mais de 5000 enfermeiros saíram às ruas para mostrarem o descontentamento pela situação em que se encontram há demasiados anos.

De mãos dadas.


Outro dia, em conversa com um amigo, disse-me ele: “nunca gostei de andar de mãos dadas. Detesto. É o meu espaço.”
Eu gosto. Acho que é um acto bonito, uma acção de união de dois espaços individuais que se tornam um só, num pequeno gesto. Porquê ter medo de um espaço comum? Que espaço é esse tão pessoal que não podemos partilhá-lo com alguém, por uns minutos, em passeio ou conversa? Em que é que o cruzar de duas mãos se torna assim tão invasivo, tão pessoal, tão nosso? E, tornando-se, qual a dificuldade de o ter? Que angústia é essa que surge? Porquê esse medo de nos darmos, de mostrarmos algo mais de nós, de tocar o outro e deixar que o outro nos toque, num simples juntar de mãos? Onde ficamos nós sem espaço? E… não será bom ficarmos sem ele, uma vez por outra?...
Porque ter muito espaço, em solidão, torna esse espaço infinito. E então procuraremos quem o queira partilhar. Nem que seja, por um segundo, num envolver de duas mãos, pele com pele, dedos cruzados.

Eu, na 1ª pessoa.

Escrevo-o porque há tanto para dizer e depois esqueço-me. As palavras faladas, pronunciadas num momento de conversa e troca de ideias, nunca são tão precisas, suficientes e compreensíveis como quando escrevo. Vou-te, sejas tu quem fores e me estejas a ler, hoje ou num dia qualquer no futuro, dizer-te como sou. Decidirás então se valerá a pena saberes mais. Se queres. Se te apetece.
Sou sincera (não impulsiva). Digo o que penso e vivo consoante o que sinto, mas posso ser “politicamente correcta” às vezes, porque ser incontida por vezes pode levar a que sejamos mal interpretados.
Adapto-me bem a situações diversas, contextos diferentes, pessoas novas. Fruto, talvez, de muitas mudanças que fiz ao longo da vida, da educação que recebi, de como vi os meus pais adaptarem-se sempre quando algo se transformava.
Tenho como maior ponto de referência na minha vida os meus pais e o meu irmão. Foram eles, sempre, em todos os momentos, mais felizes e menos felizes da minha vida, os meus grandes pilares.
Nem sempre me expresso bem quando quero dizer o que sinto, sem ser por escrito. Sou traída pelo receio, pela interrogação sempre presente ao olhar para o rosto de quem me escuta.
Gosto de desafios mas também os temo, o que me leva a, por vezes, não arriscar tanto como gostaria.
Não gosto de falar com alguém que não me é capaz de olhar nos olhos, ainda que por vezes o olhar do outro me possa intimidar.
Sei que, quando estou com vergonha, coro muito, e sinto-me vulnerável nesses momentos.
Estou cansada de estar sozinha mas também não quero estar com uma pessoa qualquer e sei que, ao estar há tanto tempo sozinha, criei um espaço e rotina meus, sem dependência de terceiros, sem justificações a dar, sem horários de outra pessoa a ter em conta. No entanto, e achando que a adaptação a essa realidade possa ser, novamente, difícil, estou ansiosa que volte a acontecer.
Os meus amigos são os meus confidentes e eu a confidente deles. Sei que sei guardar um segredo e sei que raramente falho quando precisam de mim, mesmo quando eu própria não sinta que tenho grandes forças para os ajudar.
Viajar é como ler um grande livro de geografia, história e línguas ao mesmo tempo. Além de um grande prazer, é sempre uma aventura, um motivo para sorrir, um prazer.
O sorriso e o olhar de alguém podem conquistar-me, tal como podem causar uma primeira má impressão (e normalmente, as minhas primeiras impressões são as que ficam).
Gosto de quebrar a rotina, assim como gosto de me sentar no sofá a ver um filme.
O toque, para mim, é realmente uma forma de relação com o mundo. É amor, amizade, sexo, calma, dor, paz, união, dor. Mas é uma forma de comunicação partilhada. Podemos dizer “amo-te” ou “odeio-te” com gestos pouco diferentes para quem vê mas imensamente distintos para quem os sente.
Detesto o vazio do silêncio quando não me apetece estar em silêncio, assim como adoro a sua imensidão quando me apetece envolver-me nele.
As crianças são o que de melhor temos no mundo e não suporto pensar que muitas sofrem, ora porque a vida não foi meiga para com elas, ora porque nós, adultos, fomos umas bestas com elas.
Adoro misturas. Se tudo fosse branco, magro e falasse a mesma língua este mundo não tinha interesse nenhum.
Enfermagem é a minha profissão e, em alguns aspectos da minha vida, uma forma de estar na mesma. Agora descobri também que a orientação de alunos, aliada a esta, é também algo que me fascina.
Numa discussão detesto os “mas”, “não sei”, “talvez”… e os silêncios prolongados que não trazem nada de novo. Também não gosto de gritos ou “mãos na anca”. Discutir não implica nada disto. Discutir poderá ser apenas ter uma conversa longa, em que se trocam ideias e se debatem opiniões. E confesso, gosto de ter a última palavra numa discussão, nem que seja para dizer “tens razão”.
A natureza anima-me.
Fotografar pormenores e perceber que ficaram bem captados é uma sorte para uns, uma questão de jeito para outros… para mim, uma alegria quando acontece. Uma fotografia poderá ser a melhor forma de recordarmos um momento e um lugar. Às vezes, quando olho para algumas das milhares que tenho, parece que ainda consigo ouvir os sons que me rodeavam naquele lugar, os cheiros que senti, as cores que vi, a sensação que tive.
Canto mal, mas adoro cantar… sobretudo no carro. E, ainda no carro, um dos meus maiores prazeres é observar os outros condutores… as pessoas transformam-se ao volante.
Sou muitas vezes insegura, sobretudo em relação à minha imagem.
Sou boa condutora e tenho jeitinho para a cozinha quando me inspiro… tenho é pouca paciência para me inspirar.
Receber bem alguém em minha casa é, para mim, um direito e um dever. Mas também só trago a casa quem quero… quem não me é querido, fica à porta. O meu espaço físico e pessoal como é o de minha casa não o partilho com qualquer um.
Telemóvel é, essencialmente, para mandar sms e pouco mais. Não preciso de dois. Um é mais do que suficiente.
Não vivo sem agenda, e cada vez menos. Entre turnos, saídas e aniversários… se não a tiver, esqueço-me de tudo! E, além disso, acaba por ser o meu pequeno diário.
Tenho quilos de bijutaria, dezenas de malas e muita roupa. Sei que é demais, mas não consigo evitá-lo. No entanto, em viagem, consigo ser muito prática a fazer uma mala.
Acho que não tenho um estilo próprio, a não ser que não ter um estilo definido se possa considerar ter um estilo. Se hoje me apetece andar de ténis e jeans, amanhã posso pôr umas botas com salto e uma saia e no dia a seguir vestir calças largueironas. E se estiver numa de flower power ou executive look, também se arranja. Isso sim, os caracóis são (quase) inconfundíveis e a farda de trabalho, essa, é sempre a mesma, num monótono branco que nos confere um “poder” que ainda hoje não consigo entender.
Chorar é limpar a alma. Abraçar é envolver um mar de sensações. Beijar é cumprimentar ou dizer a alguém que, pelo menos naquele momento, não queremos estar com mais ninguém. Rir é libertar a alma que as lágrimas de vez em quando limpam. Ser é não estar morto, e mesmo assim podemos ser alguém que outros recordam. Estar é não estar em nenhum outro lugar a não ser aquele onde estamos nesse momento. O Outro somos todos, não convém esquecer. Deus é quem ou o que cada um quer, deseja ou sente que é. Ontem já foi, amanhã é futuro, hoje é agora… e nós, estamos onde?

Eu, estou aqui.

Sunday, May 3, 2009

Sexta-feira, 01 de Maio de 2009

Jantarada e reunião de amigos. Partilha de gargalhadas e segredos, histórias e reinvidicações. Saudades e abraços. Comida para confortar também o estômago, já que a alma se conforta apenas com a vossa presença. Noite dentro...

Obrigada por existirem.