Outro dia, em conversa com um amigo, disse-me ele: “nunca gostei de andar de mãos dadas. Detesto. É o meu espaço.”
Eu gosto. Acho que é um acto bonito, uma acção de união de dois espaços individuais que se tornam um só, num pequeno gesto. Porquê ter medo de um espaço comum? Que espaço é esse tão pessoal que não podemos partilhá-lo com alguém, por uns minutos, em passeio ou conversa? Em que é que o cruzar de duas mãos se torna assim tão invasivo, tão pessoal, tão nosso? E, tornando-se, qual a dificuldade de o ter? Que angústia é essa que surge? Porquê esse medo de nos darmos, de mostrarmos algo mais de nós, de tocar o outro e deixar que o outro nos toque, num simples juntar de mãos? Onde ficamos nós sem espaço? E… não será bom ficarmos sem ele, uma vez por outra?...
Porque ter muito espaço, em solidão, torna esse espaço infinito. E então procuraremos quem o queira partilhar. Nem que seja, por um segundo, num envolver de duas mãos, pele com pele, dedos cruzados.
Eu gosto. Acho que é um acto bonito, uma acção de união de dois espaços individuais que se tornam um só, num pequeno gesto. Porquê ter medo de um espaço comum? Que espaço é esse tão pessoal que não podemos partilhá-lo com alguém, por uns minutos, em passeio ou conversa? Em que é que o cruzar de duas mãos se torna assim tão invasivo, tão pessoal, tão nosso? E, tornando-se, qual a dificuldade de o ter? Que angústia é essa que surge? Porquê esse medo de nos darmos, de mostrarmos algo mais de nós, de tocar o outro e deixar que o outro nos toque, num simples juntar de mãos? Onde ficamos nós sem espaço? E… não será bom ficarmos sem ele, uma vez por outra?...
Porque ter muito espaço, em solidão, torna esse espaço infinito. E então procuraremos quem o queira partilhar. Nem que seja, por um segundo, num envolver de duas mãos, pele com pele, dedos cruzados.
No comments:
Post a Comment