Às vezes sinto que carrego um peso sobre os ombros superior ao que os meus ombros podem suportar. Oiço, vejo e sinto o que, acho, talvez não devesse ouvir, ver e sentir. Vejo o tempo, o desgaste, a distância. Sinto a tristeza, a solidão, o sentimento de inutilidade. Oiço os desabafos, as discussões e os laivos de desespero. E não quero. Quero fugir, às vezes, para bem longe. Sinto que sou a única e que, às vezes, pouco importa o que sou e qual o meu papel, porque tenho de ter outro. E não quero, mais uma vez não quero. Fingir que tudo está bem. É o tempo, é a situação... é a vida a ser injusta uma e outra vez, ou as escolhas a que ela obriga, ou ele... não sei. Mas não quero ser o saco... aquele que leva e leva e apenas baloiça... porque não sou assim. Eu faço mais do que baloiçar. E, afinal, o meu papel não é este. Mas será que posso fugir a ele?...
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