Thursday, February 25, 2010

A incapacidade para aceitar que o amor envolve dor faz do Homem um escravo da gratificação imediata, impedindo que o amor dê frutos. O amor não é algo imediato, é algo que se constrói, que demora o seu tempo a consolidar. Esta relação afectiva tem um carácter duro, representando a unificação de aspectos diversos como a afectividade e a sexualidade.
O amor precisa de uma perspectiva infinita para se realizar, porque o amor a prazo não é amor.
O amor como sentimento é a antecipação da realização conjunta de duas subjectividades sem que isso suponha a anulação de uma pela outra mas, ao contrário, supondo que a diferença se mantém. Daí resulta que uma subjectividade se encontra a si mesma na outra.
O amor é a captação de um tu, de cuja plenitude depende a nossa própria plenitude, de tal modo que esse tu desperta o melhor que há no eu.
Filosofia do Homem - Vicente Arregui e Choza, 1992
Depois de uma aula demencialmente (permitam-me o trocadilho!) interessante de Enfermagem Psiquiátrica, a frase:
Se não contivermos os nossos sentimentos,
somos água espalhada no chão.
... :)

Sunday, February 21, 2010


O poster do filme que tão bem o representa. Mulher sem rosto, gatafunhada pela vida, em pinceladas violentas e fortes. Ela, com uma história de vida tão poderosa, tão cheia de tudo o que a vida pode ter de negativo. Mulher, menina, rapariga violentada, agredida, desdenhada por aqueles que lhe eram próximos, que supostamente a deveriam amar. Ela, desprotegida, indiferente, fechada em si mesma e para o mundo. Calada e ausente. Mas também ela, incrivelmente sonhadora, capaz de acreditar e pensar num mundo melhor, numa vida aconchegante. Ela, menina madura, que vê a vida como ela é, que a assume e que a abraça, com uma garra que surpreende qualquer um, virando costas ao passado e dando uma oportunidade ao futuro, o dela e o deles, ao seu colo e de mão dada, sorridentes. Todos aqueles e aquelas que a ajudam. E ela, que depois de tudo, mantém a distorção da realidade. Dela foge a menina, deixando-a para trás, para sempre.
Brilhantes actuações. Filme violento, intenso, pesado. Vidas às quais não devemos fechar os olhos. "WRITE!", mesmo que não lhe apeteça, liberta-se e partilha as suas angústias.
Precious...
porque todos somos "pedras preciosas".

Saturday, February 20, 2010

Ontem foi um lanchinho que se prolongou para jantar pela noite dentro... foram conversas, escolha da casa para passar umas férias ansiadas e merecidas, foram histórias, partilhas de projectos que estão quase a começar (boa sorte minha amiga! que sejam muito felizes!)... fomos nós, simplesmente nós, e sabe tão bem!
Eu QUERO essas férias... JÁ! :)
E agora, no serviço... mais uma noite de trabalho!

Thursday, February 18, 2010

"Invictus" by William Ernest Henley

Out of the night that covers me,
Black as the Pit from pole to pole,
I thank whatever gods may be
For my unconquerable soul.
In the fell clutch of circumstance
I have not winced nor cried aloud.
Under the bludgeonings of chance
My head is bloody, but unbowed.
Beyond this place of wrath and tears
Looms but the Horror of the shade,
And yet the menace of the years
Finds, and shall find me, unafraid.
It matters not how strait the gate,
How charged with punishments the scroll,
I am the master of my fate;
I am the captain of my soul.

Acabadinha de chegar do cinema, depois de ver este filme, só tenho uma palavra: uau! Uau a história que tem por trás, de luta imensa de um homem, de um povo, que tentou acabar com diferenças, com preconceitos, com separações. Uau a forma brilhante como Clint Eastwood, uma vez mais, não desaponta. Imagens, sons, cores e movimentos que nos agarram, nos emocionam, nos fazem sorrir com a lágrima a percorrer a face. Uau a Morgan Freeman, com a interpretação brilhante, aquela posse, aquela figura imponente e ao mesmo tempo frágil. Uau a Matt Damon... a presença, a intensidade do olhar, a força da personagem e também a mudança física (uau! para isso também!). Uau a lutas como estas que acabam com aquilo que de mais ilógico se vê neste mundo - pessoas que detestam pessoas, pessoas que vêem no outro, pessoas como eles, algo que não pessoas. Independentemente da côr da pele, a cultura ou a língua serem diferentes... somos nós, todas as pessoas deste mundo, pessoas! E somos nós, apenas nós, que decidimos como funciona o nosso mundo, como se desenrola a nossa vida e em que contexto. Depende de nós, de cada um de nós, não calar o que está mal. Porque nós, eles, tu e EU... "sou o dono e senhor do meu destino, o comandante da minha alma".

Wednesday, February 17, 2010

Aconchego.

Ontem foi até às 5h, na conversa, na partilha de momentos aconchegantes, com leitura de mapa astral incluída...! Pela expressão, dita entre dentes ("tens um mapa bom pa c********!") fiquei bem tranquila e feliz :) É engraçado perceber que há coisas que não se explicam, ou que se explicam, por ciências que não estudámos e das quais, por esse motivo, desconfiamos. Muito interessante!
Madeixas, pedicure e Pilates... porque mereço cuidar de mim.

Monday, February 8, 2010

- "Vou muitas vezes ao cinema sozinha."
- "Ai! Que horror!"
Porquê? Será que temos de fazer sempre tudo com alguém para isso ser bom? Ir ao cinema, fazer compras, comer fora, passear no paredão num dia de s0l... Se me apetece, vou. Se puder ir com alguém, óptimo, mas nem sempre há disponibilidade ou a vontade surge de repente, e não é por isso que vou deixar de ir.
Não ponho em causa que, como é óbvio, sabe muito bem partilhar esses pedaços de vida com alguém... amigo, familiar, namorado. Mas temos de saber também partilhar o silêncio e o espaço da solidão, saber estar connosco, apenas e só.
Se não nos conhecemos, se não conseguimos estar connosco, como poderemos dar-nos a conhecer a outro e exigir que ele queira e goste de estar connosco?

Nas Nuvens.



Um filme leve, sobre a simplicidade e complexidade das decisões do dia-a-dia. As escolhas que fazemos, os rumos que tomamos, as voltas que a vida dá. Nós, quando nos enfrentamos com a consequência dos nossos actos e dessas opções. E depois, não há muito que fazer, a não ser procurar novos caminhos. Mesmo que não sejam os que mais desejamos.

Porque a vida, os prazeres da vida, só fazem sentido se partilhados. E porque qualquer pessoa precisa de um "co-piloto".