Thursday, June 26, 2008

Do you remember?

... but all these times they come and go
and alone don't seem so long
over ten years have gone by
we can't rewind, we're locked in time
but you're still mine
do you remember? ...
(Do you remember?, Jack Johnson)

Jack Johnson em Lisboa

Uma noite agradável, de música "boa onda"... a lembrar dias de praia na companhia de amigos, momentos abraçados a alguém especial, saídas nocturnas de miúdas que querem dançar. Músicas que nos fazem sentir bem, sem qualquer réstia de stress. Ele sempre descontraído encima do palco, a fazer algo que lhe dá prazer, à maneira dele. Nós simplesmente a ouvir... :)

Jack Johnson - Pavilhão Atlântico, 26 de Junho de 2008

Better Together

... I believe in memories they look so,
so pretty when I sleep
And now when,
when I wake up you look so pretty sleeping next to me
But there is not enough time
And there is no song I could sing
And there is no combination of words I could say
But I will still tell you one thing
We’re better together...
(Better Together, Jack Johnson)

Sunday, June 22, 2008

Desculpa se te usei, como refúgio dos meus sentidos...

Não falei contigo
Com medo que os montes e vales que me achas
Caíssem a teus pés...
Acredito e entendo
Que a estabilidade lógica
De quem não quer explodir
Faça bem ao escudo que és...
Saudade é o ar
Que vou sugando e aceitando
Como fruto de verão
Nos jardins do teu beijo...
Mas sinto que sabes que sentes também
Que num dia maior serás trapézio sem rede
A pairar sobre o mundo
Em tudo o que vejo...
É que hoje acordei e lembrei-me
Que sou mago feiticeiro
Que a minha bola de cristal é folha de papel
Nela te pinto nua, nua
Numa chama minha e tua.
Numa chama minha e tua
Desconfio que ainda não reparaste
Que o teu destino foi inventado
Por gira-discos estragados
Aos quais te vais moldando...
E todo o teu planeamento estratégico
De sincronização do coração
São leis como paredes e tectos
Cujos vidros vais pisando...
Anseio o dia em que acordares
Por cima de todos os teus números
Raízes quadradas de somas subtraídas
Sempre com a mesma solução...
Podias deixar de fazer da vida
Um ciclo vicioso
Harmonioso ao teu gesto mimado
E à palma da tua mão...
É que hoje acordei e lembrei-me
Que sou mago feiticeiro
Que a minha bola de cristal é folha de papel
Nela te pinto nua, nua
Numa chama minha e tua.
Numa chama minha e tua.
Desculpa se te fiz fogo e noite
Sem pedir autorização por escrito
Ao sindicato dos deuses...
Mas não fui eu que te escolhi.
Desculpa se te usei
Como refúgio dos meus sentidos
Pedaço de silêncios perdidos
Que voltei a encontrar em ti...
É que hoje acordei e lembrei-me
Que sou mago feiticeiro......
nela te pinto nua, nua
Numa chama minha e tua.
Numa chama minha e tua.
Ainda magoas alguém
O tiro passou-me ao lado
Ainda magoas alguém...
Se não te deste a ninguém
Magoaste alguém
A mim... passou-me ao lado.
A mim... passou-me ao lado.

(Carta, Toranja)

Fotogame Lisboa

Dizem que as vitórias são feitas de sangue, suor e lágrimas... bem, houve sangue, muito suor... só faltaram as lágrimas! (o que é bom sinal! Significa que o sangue não foi muito, ou pelo menos, não muito doloroso!)
O fotogame em Lisboa foi mais uma "desculpa" para rever aqueles com quem partilhei uma viagem. Sabíamos que eram jogos, que envolviam fotografias... não sabíamos mais nada. Ao chegar lá percebemos que não éramos muitos, pelo que as equipas foram divididas. Em vez de equipas de 3 pessoas foram feitas equipas de 2 pessoas. Separada das minhas "companheiras de equipa", juntei-me a um outro viajante, por sua vez lá das terras da Noruega, que chegou a conhecer até, as profundezas dos seus lagos gelados... após uma queda do kayak. Aventuras!
Mas vamos ao que interessa. O fotogame! Uma série de provas, ora implicando que tiremos fotografias, ora que as decoremos, que as percebamos, que as procuremos. Muita corrida, muito cansaço, a competição à flor da pele. Digam o que disserem, ninguém gosta de jogar para perder. A interacção genial com quem pelo Parque das Nações passeava este Sábado. Procuravam-se Ana's, Fernando's, Sandra's, Maria's. Procuravam-se crianças com 1 metro de altura. Mulheres com um espelho na carteira. E não é que se encontra um pouco de tudo e rapidamente? Procuravam-se também bandeiras... as que estavam e as que não. Aquele sítio exacto, entre duas árvores, com a ponte ao fundo e o teleférico a passar... aquele sítio reflectido num negativo que nos deram para a mão. Procuravam-se as fotografias que continham aqueles pormenores (e "lutava-se" para chegar até elas primeiro). Memorizavam-se caras, cabelos, roupas... apenas para que aquelas faces se procurassem facilmente no meio da relva, onde estavam espalhadas. Fotografavam-se os locais mais valiosos... e não é que um contentor, um tornozelo ou um pavilhão podem sê-lo? E por fim... tentava-se focar o alvo e disparar uma flashada sobre ele (aconselho todos os leitores a não abraçarem troncos de árvores em movimento, tentando escapar à flashada... deixa as suas marcas).
Sim. Foi um dia bem aproveitado de calor e sol. Foi um olhar diferente para um parque onde tantas vezes passeamos. Foi uma reunião com pessoas que partilharam comigo uns dias magníficos no meio do deserto.
O fotogame é adrenalina numa versão diferente à de uma viagem. É uma forma diferente de encarar a fotografia durante umas horas. É poder brincar com ela, com a nossa criança interior, com a vontade de quebrar a rotina de todos os dias. É saborear um dia diferente, conhecer gente nova e experimentar a nossa sorte ao jogo.
No meu caso foi também a possibilidade de fazer uma viagem grátis ao norte de Marrocos! Fernando, formámos uma boa equipa, sim sr!
Foi sem dúvida um bom momento de convívio... Permitam-me apenas dizer também que sentimos a tua falta! A quem tratou de tudo para as 3 viajantes do deserto poderem lá estar no sábado e que não pôde lá estar... um muito obrigada! Estaremos no próximo, em Serralves! Mas representamos-te bem, tu sabes! Elas também formaram uma grande equipa!
Momentos diferentes que ficam, apenas porque são diferentes.
Não foi formativo, mas foi divertido.... tem tudo de ser sério na vida?

P.S.

V., ainda não o vi. Nesse dia, o cansaço era tanto, que me derrotou a meio. Mas irei ver O Big Fish... any time soon.
Beijo grande para ti amiga!

A quase, mas já muito orgulhosa, tia... :)

Friday, June 20, 2008

Vou ver...

Vou ver agora o "Big Fish", na minha caminha confortável, antes de dormir. Dizem que o filme é bom, muito bom.
Cá entre nós, o que eu sei com alguma certeza, é que parte da banda sonora é realmente boa... o resto, vou ver agora.
Antes estive em casa do meu irmão e da minha cunhada... e apercebi-me: estou quase a ser tia! A barriga redondinha da minha cunhada não me deixa mentir :)

Boa noite...

Tuesday, June 17, 2008

Flores Micaelenses
























A cor e o cheiro... da ilha.

Monday, June 16, 2008

Raízes.


São difíceis de criar.
Quando as criamos...
prendem-nos.
Gosto de raízes espalhadas.
De ser de lugar algum.
Mas gosto das raízes.
Das minhas raízes.

O Sexo e a Cidade

"Good morning, on July 7
Though still in bed, my thoughts go out to you, my Immortal Beloved, now and then joyfully, then sadly, waiting to learn whether or not fate will hear us - I can live only wholly with you or not at all - Yes, I am resolved to wander so long away from you until I can fly to your arms and say that I am really at home with you, and can send my soul enwrapped in you into the land of spirits - Yes, unhappily it must be so - You will be the more contained since you know my fidelity to you. No one else can ever possess my heart - never - never - Oh God, why must one be parted from one whom one so loves. And yet my life in V is now a wretched life - Your love makes me at once the happiest and the unhappiest of men - At my age I need a steady, quiet life - can that be so in our connection? My angel, I have just been told that the mailcoach goes every day - therefore I must close at once so that you may receive the letter at once - Be calm, only by a calm consideration of our existence can we achieve our purpose to live together - Be calm - love me - today - yesterday - what tearful longings for you - you - you - my life - my all - farewell. Oh continue to love me - never misjudge the most faithful heart of your beloved.
... ever thine
... ever mine
... ever ours"
(The third letter, Ludwig van Bethoven)
O filme "O sexo e a Cidade". Nós as três. Fazia todo o sentido. Uma das mais belas cartas de amor. Sentir-me eu, mais eu. Mais forte. Sentir-me também mais sozinha (aquele abraço, depois de uma correria por meia cidade, e as palavras sussurradas "you´re not alone"). E não estamos, não estou. Mas aquele espaço está reservado para ti. Sejas tu quem fores. E anseio que o preenchas. Fazes-me falta. À minha maneira. À maneira de cada um. Todos sentimos esse pedaço de vida que nos falta, bocado de nós, certeza de ser. É ele que nos ampara as quedas que mais ninguém ampara porque não compreende. Aquelas que ecoam no silêncio de não conseguir expressá-las.
Ela parou. À frente do computador parou apenas para escrever "love". A dúvida... só "love." ou "love..."?
Não foi racional. Não foi lógico. Foi amor. Termina. Sim. Não com ponto final ou reticências. Termina com a certeza de ser. Ser aquilo. Apenas aquilo. Indefinido.
Love (sem mais)

Sunday, June 15, 2008

No interior de uma igreja.


Faith...

Cascata no Nordeste - Achada


Caminhos no Terra Nostra,


Pôr do sol na ilha.


E então contive a respiração...

The right way. Lagoa das Sete Cidades.


Lagoa do Fogo.


Um pedaço de paraíso.

Voltei do paraíso. Um paraíso natural que é nosso. Português. Uma terra, um solo, um céu e um mar que falam a mesma língua, ainda que com um sotaque diferente. Vim de S. Miguel, Açores, ontem. E vim maravilhada.
Encontrei por lá pessoas de sotaque cerrado, cantando quando nos falam, honradas por viver naquela terra de que tanto se orgulham. Gentes de uma simpatia imensa, sempre prontas a ajudar. Pessoas perdidas em pequenas aldeias de onde nunca saíram, conhecendo apenas aquela pequena (grande) realidade. Pastores, pescadores, donos de comércios.
A gastronomia essa... também superou qualquer expectativa. Cracas, lapas, búzios, pimenta moída, queijos, pão lêvedo, linguiça, morcela... o cozido das furnas. Sabores diferentes, de origens diferentes. O salgado do mar com o salgado da terra. Sempre de travo forte, mas prazeiroso.
E as paisagens. Como descrever a sensação de descer a Lagoa do Fogo, olhar à volta e não ver nada mais do que céu, a lagoa, o verde envolvente e as minhas companheiras de viagem? Como descrever essa sensação de relação com a natureza? Como descrever o som das gaivotas, das árvores que se movem com o vento, das cabras, lá longe, provavelmente levadas por um pastor por esses prados fora? Como descrever a sensação de não ouvir carros, de não ver fumo de escape, de não ver casas ou prédios? Não se descreve. Sente-se. Sente-se enquanto estou ali deitada, na praia, absorvendo tudo isso. Enquanto o sol me bate na cara ou teima em esconder-se atrás das nuvens. Enquanto mergulho os meus pés naquela água ou como a minha sandes ali, no meio daquele nada... imenso, estonteante, cheio de tudo o que nos escapa tantas vezes no nosso dia-a-dia.
E a lagoa das sete cidades? Nós, que a conhecemos em todas as suas perspectivas enquanto percorríamos os 20 km que nos permitiam dar a volta à mesma. Dizem que são lágrimas que a encheram. Alguém chorava em verde. Alguém em azul. Tudo por amor. Não sei nada relativamente a essa lenda. Sei apenas que é outra maravilha da ilha e que muitos apenas a conhecem do miradouro de Vista do Rei. Ela é muito mais do que aquilo que se vê dali. É a calma ao almoço, a seu lado. A dureza de se descer até ela para a apreciar mais de perto. É a possibilidade de não conseguir, de pensar que aquele caminho nunca mais acaba e que, ficando por ali, ninguém passará para nos levar.
As cidades, vilas e aldeias. As igrejas, sempre. Centenas delas. A fé, inabalável, do povo.
O pedaço de mundo ali mesmo, no Salto do Prego. Envolta em densa vegetação, uma cascata deliciosamente intocável. O som da água a cair vertiginosamente lá de cima, sem controlo. Nós, bem pequeninas, ali paradas a olhar, sentadas nas pedras escorregadias que a envolvem.
A água quente das caldeiras, daquela actividade vulcânica imparável. Na Caldeira Velha, Ponta da Ferraria, na Poça da Beija, na piscina do Parque Terra Nostra. Amarela, férrea... se está quente é porque por baixo de nós a terra não pára. Achamos que somos donos dela mas afinal, ela é que nos possui. E aquilo que nos dá um imenso prazer hoje, poderá causar grandes danos amanhã. A natureza, essa sim, é que controla tudo.
Os almoços em locais belíssimos. As sandes, saladas, misturas... ao lado de uma lagoa, de um mar gigante, de açorianos que nos querem mostrar como é bom viver ali.
Os stresses... o carro, o escape, a chave. A conta final e isso que agora não interessa nada. Já passou.
É a minha terra natal. Nasci no meio daquelas caldeiras, daqueles sons e cheiros, daquelas cores. Não falo com sotaque (infelizmente), não me lembrava de nada, não tenho lá família. Mas orgulho-me de ter nascido lá. Hoje ainda mais porque conheço.
Sei hoje, melhor do que nunca, porque foram aqueles 9 anos os melhores anos da vida dos meus pais.
E recordo de novo a sensação da Lagoa do Fogo. Inspiro. Hoje voltei a tocar e sentir um pouco do paraíso. Basta fechar os olhos, escutar, sentir o arrepio a percorrer os meus braços. Sei que estou lá de novo. E sei que irei voltar.
Welcome to heaven...

Monday, June 2, 2008

Good feeling.


Aquele feeling que durou o dia todo e me aconchegou de noite, quando me deitei para dormir. Dias assim "aquecem-nos" por dentro. Um reencontro bom, muito bom, perspectivando novos encontros no futuro. Uns seleccionadores "à maneira" que nos receberam como se fôssemos da realeza marroquina. Foi diversão, vozes afinadas, violas na mão, passeio em Santarém, comida saborosa, fotografias (as minhas que nunca mais acabavam!), palhaçada... Foi um cheirinho da viagem que ficou para trás e um cheirinho das que estão ainda por vir. Foi convívio e CONBÍBIO (homens do Norte! :p ). E passou a correr... pfffff... :)