Friday, November 30, 2007

Love song for no one.

Um dia a minha mãe escreveu-me...

"agora és uma mulher que se descobre com surpresa, capaz de amar sem limites e exigindo do amor tudo e não apenas migalhas".


Staying home alone on a Friday
Flat on the floor looking back
On old love
Or lack thereof
After all the crushes are faded
And all my wishful thinking was wrong
I'm jaded
I hate it

I'm tired of being alone
So hurry up and get here
So tired of being alone
So hurry up and get here

Searching all my days just to find you
I'm not sure who I'm looking for
I'll know it
When I see you
Until then, I'll hide in my bedroom
Staying up all night just to write
A love song for no one

I'm tired of being alone
So hurry up and get here
So tired of being alone
So hurry up and get here

I could have met you in a sandbox
I could have passed you on the sidewalk
Could I have missed my chance
And watched you walk away?

I'm tired of being alone
So hurry up and get here
So tired of being alone
So hurry up and get here
You'll be so good
You'll be so good for me

Love song for no one - John Mayer


Aguardo o dia em que ao tropeçar com alguém desconhecido, ou conhecido, algo se passe, que não se põe em palavras, mas se sente de forma intensa. Então tudo acontecerá, por primeira vez... porque é sempre a primeira vez... e se prolongará por muito tempo.

(a quem me achou triste, ou sozinha... não se trata de nenhuma das duas coisas... é apenas a sensação de ter muito para dar... de querer partilhar...)

Tuesday, November 27, 2007

O espaço do silêncio.

O silêncio é um som ensurdecedor que não se ouve. Pode ser manifestação de amor ou de raiva. Pode querer marcar a presença ou a ausência de alguém. Pode doer no mais profundo da nossa alma ou enchê-la de energia positiva.
Já experimentei vários tipos de silêncio.
Aquele que corrói, discurso calado de quem não é capaz de falar abertamente dos problemas e degrada uma relação aos poucos... muito devagarinho.
Aquele que nos completa, acompanhado do brilho nos olhos e de um beijo, de um abraço apertado e da leveza de dois corpos entrelaçados, onde as palavras emanam num som imperceptível para qualquer outra pessoa.
O silêncio do medo, medo de expressar os anseios perante a doença e a morte do próprio ou de alguém próximo.
Também aquele silêncio, grito calado de quem precisa de ajuda, acompanhado de um apertar do braço, com força, como que se agarrando ao agora.
Aquele da solidão. Solidão de um quarto, de um pensamento, da pessoa que sou. A solidão física... a solidão acompanhada. Sou eu que ali estou. E não há nada mais à minha volta.
O silêncio da natureza. No meio dos Alpes, no meio do oceano, numa praia ao luar onde o silêncio das ondas me acompanha.
O silêncio de quem gostamos ou de quem gostávamos que não nos desse esse silêncio, ausência de discurso falado e sentido.
E aquele... no meio da conversa, onde não fica mais nada para dizer.
O silêncio é uma linguagem. Estrangeira... muitas vezes. Não facilmente decifrável. Ecoa muitas vezes nas esquinas da nossa vida, obtendo de nós a vontade de o sentir ou o evitar.
Mas o silêncio é também língua universal. Espaço de reflexão. Canto de evasão e sonho. Lugar de fuga à tristeza ou poço de lágrimas sussurradas.
Agradável ou não, o silêncio é um espaço essencial. E é muitas vezes nele que nos descobrimos e descobrimos os outros.
Fico com o silêncio do meu sentir...

Wednesday, November 21, 2007

O mundo só pode estar louco.

Regressei outro dia, enquanto via o telejornal, aos anos 70 (anos esses em que nem sequer vivi!). O motivo prende-se com a notícia de que um empregado de um hotel terá sido despedido por ter VIH. Como se não bastasse o médico que o atendeu foi quem, quebrando o princípio de confidencialidade, denunciou esta situação (de uma ameaça pública de contornos gigantescos e não mensuráveis, como é alguém suar e poder tocar no prato onde depois iremos comer!!!). Terrível mesmo. Tenham medo!!! Para manter tudo ainda mais incontestável o sr. dr. Juiz, deu razão à entidade empregadora... pois claro! Não fosse o suor, as lágrimas ou o toque do sr fazerem com que todos apanhássemos SIDA... Tendo em conta todos estes factos de uma verdade inquestionável e cientificamente estudados ao longo dos anos tenho um anúncio a fazer... descobri, ao ver esta notícia, que também eu sou portadora de VIH. As análises dizem que não, mas eu estou em contacto todos os dias com esse suor, essas lágrimas, esse O2 expirado por essas pessoas... só posso, concerteza, estar também doente.
POR AMOR DE DEUS! Mas será que regredimos assim tanto, novamente, relativamente a esta questão?... Ou será que o que nunca fizemos foi avançar?
Entre isto e ter médicos a dizer que não é necessário pedir autorização para colher sangue para serologias para VIH a um determinado doente porque "por amor de Deus sra Enfermeira... o sr é da construção civil, pobre de espírito"... Dá vontade de baixar os braços. Mas esta é uma área que desde que percorro estes trilhos da Enfermagem me interessa... por isso não o vou fazer.
Quanto aos donos do hotel, ao médico e ao sr. dr. Juiz, existem uns folhetos, do mais básico que há, que explicam tudo aquilo que têm vindo, erradamente, a afirmar ao longo deste processo... aquela típica frase de "a SIDA não se transmite através das lágrimas, suor, abraços e beijos"...
e não é que é verdade meus senhores?!?

Sunday, November 18, 2007

"Momentos"

Um texto escrito há muito tempo. Trago-o para aqui porque considero que é um dos textos mais bonitos que já escrevi (e eu raramente consigo apreciar os meus textos, pelo menos, da maneira como os outros o fazem...). Trago-o também porque agora é apenas um texto. Foi uma mensagem, um sentimento (ou muitos), uma grande amálgama de memórias. É agora um texto de que gosto. Apenas isso. E por isso quis deixá-lo aqui. Para partilhá-lo. Fica apenas o desejo de sentir isto de novo. Já tenho saudades... (e lembro aquele dia em que um grupo de teatro o interpretou e então, me levou às lágrimas. Obrigada por isso Andamento.)


Fico a olhar a rua sem luz,
luz já apagada e penumbra…
O desespero de não saber quem sou,
de procurar quem fui num qualquer lugar.

Praia deserta iluminada apenas por nós,
corpos fundidos e entrelaçados,
que se perdem entre grãos de areia que se colam,
não saem e permanecem.

Mar, cujo fim é inatingível com o olhar,
onde reflectido se encontra um sol pronto a fugir,
só para nos deixar a sós…
Juntos, permanecemos naquele lugar para sempre,
como rochas que se fundem a tantas outras rochas,
formando uma falésia onde esbatem as ondas,
onde o vento uiva para quem quiser ouvir…

Uns anos mais tarde alguém regressará àquele lugar,
olhará aquelas rochas,
verá que não são como todas as outras…
mas só nós sabemos o que escondem,
o que as torna especiais.

E um lugar, perdido no meio de árvores,
escondendo um sonho, magia, alento,
um tesouro para sempre teu, meu, nosso,
onde não se percebe onde termina o mar e onde começa o céu,
onde tudo se funde,
onde fomos duas almas procurando um rumo comum,
onde tudo é sonho e tudo é possível,
onde os “nossos amigos” nos observam melhor,
sempre atentos aos nossos gestos calados,
conversa de quem não precisa de palavras,
apenas a linguagem do brilho e da transparência,
da sinceridade do nosso olhar.

Uma noite algures, um dia,
em que o mundo era nosso e estava ali…
O medo de algo vislumbrado mas não vivido,
perdida num turbilhão de sensações…
Um mergulho às profundezas onde a minha luz eras tu,
guiaste-me, singelo e cauteloso,
até onde um peixe de cara redonda,
colorido como um jardim repleto de flores,
me sorriu…
Fiquei calma, presa a uma paz nunca antes sentida…
Enrolada e protegida adormeci,
sonhadora incrédula de um sonho acabado de viver.

Um jardim repleto de verde onde trocámos palavras,
onde nos confundimos com o que nos rodeava,
e nos esquecemos que não estamos sós,
que existe algo que nos rodeia,
que aquilo, ali, não era eterno.

Entre respirações inexplicavelmente aceleradas,
coração que bate, agitado, sentindo-se encarcerado,
liberdade solta na voz…

Uma única corda nos unia,
certeza de que, apesar de longa, a corda estava sempre lá,
para não nos perdermos por caminhos raros e sombrios,
onde nos sentíssemos abandonados…
Cordas que se rompem ou são (porquê?) demasiado longas,
o desejo de que estejamos tão próximos que não haja espaço para a corda,
sejamos então um único pedaço de rocha,
um castelo de areia sólido,
uma bolha, redoma de vidro, no meio do oceano,
uma estrela cadente realizando, tão somente, os nossos desejos…

Prazer que é loucura,
ou sermos guiados pela loucura do prazer,
mais fortes, mais simples, mais nós,
cada um em si,
ambos juntos.

Quero ser sempre a tua lua,
provocar em ti as marés que te façam viver,
ser um espectro de luzes aberrantes,
para onde só tu olhas, apreciando o que vês.
Cores que não combinam,
unes com inexplicável prazer.

Ver-te no espelho abraçado a mim,
sorrindo sabendo que somos nós, juntos.

Não te encontro,
não te voltei a encontrar a olhar para o espelho,
olhando para mim,
vislumbrando-me no meio de tantas outras coisas projectadas nele.

Um quarto de uma qualquer casa (ou não),
onde, naquele dia, ninguém fugiu,
e simplesmente não conseguimos dizer não…

Presente: só.
Esqueço-me, lembro-me de tudo…
Agarro algo que me puxa
e deixo-me ir…
levar-me-á junto a ti?

Continuo só,
contigo entranhado em mim,
sufocando e dando o ar que respiro,
batendo e beijando,
sendo especial…

tu…

eu…

nós, num qualquer lugar...

mas nós.


(Escrito algures em 2003...)

Mais e mais!...

Gosto de pensar que hoje estou um pouco mais preparada para ajudar.
Gosto de sentir que não quero parar. Quero mais, mais e mais informação, formação, métodos para pensar mais rápido, perceber o que se passa à minha volta, entender o que se passa comigo... sim, também se trata de perceber os meus limites como pessoa e limitações como profissional de saúde (que são infindáveis!).
Terminei hoje o curso do GTE (Grupo de Trauma e Emergência) de CETC (Curso de Emergência, Trauma e Catástrofe) de 4 dias em Faro. 4 dias esgotantes, que me deixaram exausta. 4 dias em que me senti pequenina e me vi crescer um pouquinho mais... mas continuar pequenina. E gosto dessa sensação. É a que me fará nunca parar de querer mais e mais formação.
Adorei! Situações ficcionadas que pareciam reais. Lama, água, vítimas, lesões... a impotência de não saber o que fazer em algumas situações. As respostas, que surgem quando me questiono e repenso, quando me dão as ferramentas para o fazer.
Não aconteceu em Portugal, mas poderia acontecer... se tivermos ajudado a salvar uma vida, valeu a pena. O lema... que abraçámos ao longo do curso, com afinco, apesar do cansaço... quase esgotamento. Médicos, enfermeiros e tripulantes, na partilha de experiências. Ali, ninguém sabe mais que o outro. Porque todos trabalhamos para o mesmo.

Quero absorver tudo à minha volta...

Friday, November 9, 2007

Quase.

"Ainda pior que a convicção do não e a incerteza do talvez, é a desilusão de um quase. É o quase que me incomoda, que me entristece, que me mata trazendo tudo o que poderia ter sido e não foi. Quem quase ganhou ainda joga, quem quase passou ainda estuda, quem quase morreu está vivo, quem quase amou não amou. Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos, nas chances que se perdem por medo, nas ideias que nunca sairão do papel por essa maldita mania de viver no outono. Pergunto-me, às vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna; ou melhor não me pergunto, contesto. A resposta eu sei de cor, está estampada na distância e frieza dos sorrisos, na frouxidão dos abraços, na indiferença dos "Bom dia", quase que sussurrados. Sobra covardia e falta coragem, até pra ser feliz. A paixão queima, o amor enlouquece, o desejo trai. Talvez esses fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor, sentir o nada, mas não são. Se a virtude estivesse mesmo no meio termo, o mar não teria ondas, os dias seriam nublados e o arco-íris em tons de cinza. O nada não ilumina, não inspira, não aflige nem acalma, apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si. Não é que fé mova montanhas, nem que todas as estrelas estejam ao alcance, para as coisas que não podem ser mudadas resta-nos somente paciência... porém, preferir a derrota prévia à dúvida da vitória é desperdiçar a oportunidade de merecer. Prós erros há perdão; prós fracassos, chance; prós amores impossíveis, tempo. De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar alma. Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance. Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar. Desconfie do destino e acredite em você. Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando porque, embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu."

Luiz Fernando Veríssimo - Quase


"- Ama-la?
- Não sei.
- Então não a amas."

Sem ventos não há sonhos e sem sonhos não há ventos que nos levem ao fundo desses sonhos.

" (...) Nem sempre quando falamos expressamos o que sentimos, ou pelo menos, a intensidade com que o sentimos. Somos traídos por palavras deslocadas ou mesmo pelo medo de expormos até ao fim as dúvidas, os receios. Somos traídos pela expressão dos olhares que nos enfrentam porque magoam ou sofrem. Quando falamos, jogamos com os sentimentos dos nossos interlocutores. Estamos ali fragilizados pela dor que pressentimos ou que nos infringem. Quando escrevemos somos nós. O nosso sentimento profundo transparece na força das palavras. (...) É isso que vejo em ti. A força de um furacão que se amansa perto da praia para de novo se enfrentar contra as dunas e logo voltar a amainar. És tu própria vento à procura de outros ventos. O vento é algo de misterioso. Dependendo de como e de onde, música ou lamento, força que nos leva, canção de embalar ou choro intenso, chicote que nos corta e rompe a alma. Na vida, nem ao sabor do vento nem contra ele. Mas sem ventos não há sonhos e sem sonhos não há ventos que nos levem ao fundo desses sonhos. Procura o teu vento favorável mas não desistas dos sonhos. Acredita que voar é possível (...)"

Porque está no sangue o gosto de pôr em palavras o que nos vai na alma. Aqui fica um pedacinho de um texto que a minha mãe me escreveu um dia, há já muitos anos atrás. Um dia em que estava muito muito triste, e achava que voar já não era possível. Grande mentira! Percebi em pouco tempo isso! Chorei o que tinha a chorar e passou.

Madrid, 11 de Março de 2004

Recupero este texto porque não devemos esquecer. Tive amigos que nesse dia, por acaso, não apanharam o comboio que passava pela Atocha... por acaso. Mas podiam ter apanhado. E eles não, mas outros apanharam. Por eles, por esta loucura que reina este mundo, porque nada disto faz sentido... reponho este texto.


"Um dia coberto de negro porque alguém se lembrou de gritar alto, muito alto. Lágrimas que escorrem pelas faces de quem ficou surdo com o grito. Basta! Ouve-se em todo o lado, um pedido desesperado. Caos, fumo, destruição. “Hoy somos todos madrileños”. A dor é única e é universal. Suspiros intensos, roucos tormentos. A morte. Encontra sempre alguém no seu caminho. “O balanço são 200 mortos e 40 milhões de feridos”. E um país inteiro que chora a perda. Sensação de injustiça, de guerras que se travam sem razão. Desolação. Em nome de algo superior. Luta-se. Mata-se. E a vingança recai sobre aqueles que não sabem que uma bala é feita de chumbo, que uma bomba explode. Não conseguimos destruir o chumbo. Quando há uma explosão apenas conseguimos apagar o fogo. A vingança recai sobre aqueles que não compreendem que existem mentalidades feitas de chumbo que despoletam tremendas explosões. Respira-se receio. Anseia-se pela normalidade que não existe. Espera-se que o fumo levante para encontrar, depois, corpos estendidos. Inertes. Frios. Procura-se a identidade perdida. Bandeiras a meia haste. Pessoas cobertas de luto. Procissão de caixões… um atrás do outro, atrás do outro, atrás do outro… Cartazes brancos com apelos ensurdecidos pelo silêncio. Imagens incessantes na televisão. Listas de nomes ou de pessoas reduzidas a tal. Ou a cinzas. E a certeza que o mundo está louco. Um mar de gente que o sabe. Transparece no olhar dos que, já fartos desta loucura, se sentem presos a ela. Condolências. Preto por todo o lado. O branco que invade as ruas. Declarações sentidas. Angústia. Funerais. Protestos. Manifestações. E no entanto o fumo ainda não desapareceu, a destruição ainda é visível, a dor ainda se sente, o medo ainda existe. E tudo se calará de novo, quando alguém gritar, outra vez, alto, muito alto.

(Em memória de todos aqueles que não compreendem a loucura mas que vivem no meio dela. De todos aqueles que não percebem o chumbo ou as explosões. De todos aqueles que perderam a identidade, o sorriso, a vida. E para recordar a todos aqueles amigos que não apanharam aquele comboio naquele dia porque havia greve, que todos os segundos que temos para viver, são os melhores da nossa vida.)"

(13/03/04)

Wednesday, November 7, 2007

Unchained Melody

Oh my love, my darling
I've hungered for your touch
A long lonely time
Time goes by so slowly
and time can do so much
Are you still mine?
I need your love
I need your love
God speed your love to me

Lonely rivers flow to the sea
To the sea
To the open arms of the sea
yeah
Lonely rivers sigh "Wait for me"
Wait for me
I'll be coming home
Wait for me

Oh my love, my darling
I've hungered,
Hungered for your touch
A long lonely time
And time goes by so slowly
And time can do so much
Are you still mine
I need your love, I,
I need your love
God speed your love to me

(Unchained Melody - Righteous Brothers)

Porque há músicas que bem interpretadas nos arrepiam. A música é lindíssima, mas talvez não lhe daria este destaque hoje se no fim de semana passado não tivesse visto aquela magnífica actuação na Operação Triunfo (quem me conhece minimamente sabe que eu vejo o programa e adoro!!!)... E sim, por coincidência ou talvez não, uma das pessoas que a interpretou é o Ricardo, colega de Faculdade, também ele Enfermeiro, por quem desde o início estou a torcer. Não podia deixar de dizer que foi MAGNÍFICO. E que me arrepio cada vez que a oiço. Obrigada por este momento, e por todos os outros que tens partilhado connosco desde o início do programa.





Saturday, November 3, 2007

Pequenos grandes (enormes mesmo!) momentos.

Acabei de chegar de um jantar maravilhoso. Comemorava-se os anos da Espírito (beijo para ti) e lá nos juntámos para celebrar.
Devia ir para a cama, isso sim, porque é uma da manhã e amanhã lá vou eu para o meu serviço (novamente) fazer manhã. Mas não pude deixar de vir aqui. De partilhar a minha alegria por estes momentos, "os tais pequenos (grandes) momentos", que são tudo. Confesso-vos que vivi uma adolescência algo contida, em que não me pronunciava muito, me continha no meu riso e na minha gargalhada, observava muito mas nem por isso expressava grandemente a minha opinião. Não tinha a capacidade de mudar de imagem facilmente e não confiava muito em mim. A faculdade trouxe-me muita coisa, e nesse âmbito uma grande mudança. Já pouco reconheço dessa parte de mim. Mantenho uma timidez característica, sobretudo em algumas situações (dificilmente evito o "nó no estômago" ou aquele acto maravilhoso que é corar sem controlo em determinados momentos). Mas encontrei um grupo de amigos (não que não tenha amizades da minha adolescência assim, mas não formam um grupo tão grande e tão coeso, são mais pessoas dispersas que estão sempre comigo) que me aceitam, e aceitam-se uns aos outros, tal e como somos. E olha que somos todos muito diferentes!!! Gosto de vocês. Da casa com 22 metros quadrados... do terraço com o mesmo tamanho... de que ainda só tenhas "instrumentado hérnias e varizes, coisas simples"... do "take it easyyyyyyyyyyy"... de NÓS.
Tudo para dizer que soltei tantas das minhas gargalhadas (também essas características... que não consigo conter!) que me dói o estômago e os músculos da face. Que venho bem-disposta. Cheia. Feliz. E tudo por umas horinhas, sentados à volta de uma mesa, entre perfumes, ideias malucas, pastas (e lasanhas!!!)... e um restaurante que, para nossa vergonha, deixamos num pequeno caos (mas isso agora não interessa nada).
Soube bem. E agora sim, acho que já posso ir dormir...

Friday, November 2, 2007

3:25 da manhã...

Uma noite mais... nestes corredores, neste office de luz ténue, neste serviço.
Hoje escrevo rápido, para lembrar apenas aquele anúncio...
MUDASTIIII MUDASTIIIII!!! :)
E porque não? Porque os sonhos não são só para se ter de noite.