Monday, June 29, 2009

... porque há dias assim.

Ando preguiçosa para escrever aqui... talvez porque o cansaço é muito e o meu tempo tem sido dispendido, na sua grande maioria, em turnos no serviço... Agora vêm aí umas folgas, finalmente!, e poderei escrever mais... Hoje, aqui no serviço, a fazer mais uma noite longa... ontem 16h que me levaram ao limite, em que saí daqui triste, profundamente triste, porque andamos por cá a fazer tudo pelas pessoas e as pessoas retribuem com má educação, agressividade e insultos. Tudo passa, e sei que não é sempre assim, mas ontem (talvez fosse da chuva e do dia cinzento, não sei!) as pessoas estavam loucas... e eu também fiquei.

Saturday, June 6, 2009

Ontem.

Dia (de ontem) complicado. De dor profunda. De tristeza, saudade e despedida. Também de encontro e amizade, aquela que não se explica, que existe, sem necessidade de palavras, que diz tudo com abraços apertados.
Amiga... a garantia de que estamos sempre aqui, para ti e contigo. És uma mulher de uma força inexplicável. 1000 rosas vermelhas, cravos e beijinhos para ti. Porque sim.

Wednesday, June 3, 2009

Perguntas com respostas difíceis.

Perguntas que sabia que iriam surgir. Perguntas para as quais talvez já soubesses, lá no íntimo, as respostas, mas que tinhas de ouvir por alguém que as pudesse confirmar. Como estão eles? Eles, muitos deles, a maioria, já não estão entre nós. Dureza em palavras que não conseguimos tornar mais leves. A morte traz isso consigo muitas vezes, dureza. Mas traz tudo o resto também... saudade, memórias, recordações, os momentos que só nós, e mais ninguém, partilhou com aquele doente, com aquela família... e que foram bons, difíceis mas bons. E os que não foram tão bons? Ajudam-nos a pensar como os tornar melhores da próxima vez. Não há livro algum que nos dê receitas sobre "o que fazer como enfermeira em situações de doença terminal"... e se dá, não é um bom livro. Existem muitos sim, que nos ajudam a reflectir práticas. Esses sim, vale a pena ler. E vale a pena ler-mo-nos a nós mesmos, ao que fizemos e não fizemos, à razão que nos levou a fazer ou não fazer, o que nos assustou, o que dissemos quando ele nos disse "vou morrer no hospital", o que sentimos então, o que fomos capazes de fazer e o que nos assustou demais e nos impediu de dar um passo mais neste percurso.
Mas só o simples facto de nos questionármos mostra que não passou ao lado... e se não passou ao lado é porque valeu a pena. Doeu? Custou?.... E agora?... Depois de tudo, valeu a pena ou não?
Esta é dedicada a ti, V., pelo mail que me mandaste e pelo mail que irás receber como resposta... e a todos, aos 9, porque acreditem, valeu a pena.