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O meu aplauso para ela. Uma senhora com um talento enorme, uma vida plena e entregue à arte de representar, que enche plateias e põe de pé multidões no fim de cada espetáculo.
Uma peça, essa, complicada. Um texto denso, repetitivo, com alguns pormenores brilhantes mas que se tornou demasiado pesada. Sim, o tema também não ajudava - a morte, mas podia ser mais dinâmico, julgo eu.
A morte dos outros com quem partilhámos a vida e a quem demos a vida. Reflectir sobre o momento, sobre a reacção, sobre as pequenas coisas em que reparamos nesses momentos e que passam ao lado noutros. As coisas que interessam. O que fica, o que nos deixa, o que podíamos ter feito e não fizemos. O que deixámos por dizer.
Uma sala muito grande para uma peça muito intimista. A sala principal do teatro D. Maria é lindíssima mas gigante para um monólogo feito numa cadeira no meio do palco. É verdade que quem nela se sentava enche a sala, mas creio que se perde um pouco da força e da intensidade da história e do texto.
As amigas de sempre nestas noites em que, gostando menos ou mais da peça, é sempre bom. Porque fomos, quebrámos a rotina, vimos um pouco mais do que o mundo tem para nos oferecer. Partilhámos ideias e sentires, mesmo que muito diferentes. E estivemos juntas.
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