É duro ser-se velho e doente. Ou temos a sorte de ter uma boa família e uma doença "minor", ou acabamos tantas e tantas vezes acamados, com feridas, desnutridos e desidratados... depois de uma vida de trabalho, de entrega à sociedade, de experiências e histórias para contar, de anos e anos de luta para viver minimamente bem, acabamos a (sobre)viver numa cama de hospital, até que o corpo já não aguenta, ou somos levados para um lar, despersonalizado, frio, onde nada é nosso e nós não somos nada.
Aos velhos deste nosso mundo (ou séniores, como um amigo diz e muito bem, tirando a conotação negativa que por vezes o termo "velho" pode ter): um abraço, um beijo, um carinho. Porque nos deram tanto e têm ainda tanto para nos dar. Porque todos os dias aprendo tanto com vocês, mesmo quando às vezes são um pouco "chatos". Porque têm um lugar cá e porque fazem a diferença. Porque as rugas e os centímetros que se perdem com o passar dos anos são imensamente bonitos.
... e o dia que estiverem assim tão doentes, que seja calma e sem dor a vossa partida.