Sunday, August 21, 2011



Contrastes.

(Angolares - São Tomé)


Pequenos adultos.
(Ilhéu das Rolas - São Tomé)



Pormenores.

(Lagoa Azul - São Tomé)



Princesinha.

(Roça Diogo Vaz - São Tomé)



Crianças que cuidam de crianças...

(Neves - São Tomé)

"Leve leve..." (São Tomé e Ilhéu das Rolas)

De regresso, uma vez mais, de terras africanas. Há algo que não se explica, na luz, nos cheiros e nas cores da África... algo que se entranha em nós e de que sentimos saudades quando voltamos... Desta vez o destino foi a ilha de São Tomé e o Ilhéu das Rolas. São Tomé é um país de uma imensidão verde que se prolonga para lá do horizonte. De vegetação densa, é uma ilha naturalmente bonita. Com uma costa de recantos encantadores, o mar mostra-se bravo em alguns locais e calmo noutros. Águas de temperatura agradável, daquela que provoca um pequeno arrepio ao entrar mas que faz com que não queiramos de lá sair... cristalinas, onde os peixes coloridos se passeiam mesmo ali ao nosso lado. É um país de tranquilidade, tudo se faz com calma, muita calma, e de forma bastante desorganizada também. Terra de frutas variadas, de sabores intensos, muito diferentes entre si. Terra onde as crianças cuidam das crianças e onde raramente estas são vistas na companhia de adultos, a não ser quando ainda são amamentados. Crianças de sorrisos abertos, cujas palavras "doce doce" são uma espécie de cartão de visita, mas que aceitam bem um "não tenho" e vibram com uma fotografia e a oportunidade de a ver plasmada no ecrã da máquina digital. De pés descalços e roupa rota, caminham por todo o lado, brincam por todo o lado, comem toda a fruta que encontram. Terra de música e dança, essencialmente de kizomba, danças tradicionais, funaná... e vontade de nos mostrar como é que se dança tudo isto. País onde treze pessoas cabem bem num carro para nove, onde se come uma excelente santola no meio de um local onde abunda a falta de condições de higiene, de saneamento básico, de tudo... Terra onde se "vive bem", segundo um jovem, "porque não se passa fome e não nos falta nada." Local de pouco turismo, e na sua maioria, turismo português. As roças, por todo o lado, umas abandonadas, outras nem tanto, mas todas antigas, com aquele ar da era colonial, onde imaginamos os senhorios e os escravos, numa dinâmica nem sempre fácil de gerir... País onde encontramos muitos produtos nacionais... onde comi iogurtes Mimosa, bebi água do Luso e comi bolachas Triunfo... Região onde pouco se ouve o crioulo e todas as pessoas falam português.

Foram dias bons, experiências boas... momentos que guardarei na caixinha de memórias. E foram, uma vez mais, dias de partilha de gargalhadas e conversas com um grupo de amigos com quem tudo isto se torna ainda mais fantástico. Muito bom mesmo. E passou tão rápido...