Ser enfermeira acarreta algumas coisas menos positivas. Ter de fazer turnos que nos alteram rotinas e o próprio organismo, que não sabe se é hora de dormir, acordar, comer ou trabalhar... é uma delas. Outra, e para mim, a pior de todas, implica que em determinadas datas festivas, que toda a minha vida passei em família, tal como o Natal, eu posso ter de trabalhar. Este ano aconteceu isso. E não foi nada fácil. Entrei às 15h de dia 24 e terminei o trabalho às 9h de dia 25. A tarde foi de muito trabalho, mas permitiu ainda sentir algum do espírito natalício... no entanto, a noite trouxe consigo muita tristeza, muita azáfama, um pequeno grande caos... e trouxe consigo também a morte, tão pouco desejada, e acompanhada de muito sofrimento, com imagens que acho, não vou esquecer tão cedo... as lágrimas vieram-me aos olhos por várias vezes durante a noite e tudo o que me apetecia era o calor da minha casinha e a companhia de quem quero bem... família e amigos. Valeu mesmo estar a trabalhar com uma colega que, antes de mais, é também amiga, e ver alguns sorrisos bons de um ou outro doente que desfrutaram de uma rabanada ou de uma saída rápida do serviço para um jantar com os amigos... "e foi o melhor jantar da minha vida", dizia... (ainda bem!)
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