Saturday, September 29, 2007

They... Only after them, us.


O mesmo tom. Naquela imensidão de paisagem que não termina. A perder de vista. Não há um princípio e um fim na savana. Ou pelo menos, nós não o encontramos com o olhar. O sol que teima em descer mais uma vez. Que teima em encher-me os olhos de cores quentes e frias, misturadas num quadro do melhor dos artistas.
Dentro da carrinha. Hoje não podemos pisar o chão e sentir a vibração emanada por ele. Hoje ficamos dentro da carrinha, espreitando pelas janelas abertas e o tecto levantado, pois alguém maior, imponente, mas extremamente calmo, ocupa o seu lugar naquele pedaço de savana que é mais dele do que nosso. Nós somos ali os invasores. Temos de respeitar que aquele momento é nosso, sim, porque o estamos a viver, mas é mais dele porque por lá anda todos os dias.
Caladas, mudas... ouvem-se apenas suspiros e exclamações de beleza nos olhares. Não se explica. Sente-se. O cheiro, a temperatura, a humidade, as cores, as sombras.
Atravessam a estrada, como se não existíssemos. Continuam a caminhada diante do caminho para a noite de sono do sol. Quando se afastam também nós o decidimos fazer. Ao seu ritmo.
Saua saua?...
E seguimos a nossa rota.
Feeling something I can't explain...

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