Sunday, March 4, 2012




Cheguei a casa após ver este filme. De sorriso na cara, com emoção contida. Um filme tão simples e tão complexo. No fundo, sobre aquele dia que mudou o mundo e mudou, para sempre, a cidade de Nova Iorque. A morte de um pai que era amigo, companheiro de aventuras, que era tudo para aquela criança - "I know now that I can live without you...". As palavras que se escutam várias vezes ao longo do tempo... as últimas palavras, o telefone que não se atreveu a levantar. A aventura do encontro de uma fechadura onde aquela chave coubesse... no fundo, a procura dele, que partiu, e que não estava disposto a aceitar que tinha perdido. O encontro daquela outra pessoa, começo de tudo, que esteve ausente tanto tempo... - "Yes... No...", por escrito, em mímica facial, em olhares e sorrisos cúmplices, em mãos tatuadas. Os gestos iguais, as conversas silenciosas que dizem tanto. O encontro de tantos e tantos rostos, inúmeras histórias... as "cores" da cidade, a multiculturalidade daquele sítio onde se encontra gente de todo o mundo... e onde todos, de um modo ou outro, perderam algo com o 11 de Setembro. A inteligência e inocência de uma criança, o superar de medos... A criação de um livro que mostra uma aventura. A imagem do corpo a cair... E o (re)encontro com aquela mãe... aparentemente perdida, e afinal tão presente. Uma forma inteligente e brilhante de retratar um acontecimento historicamente demasiado avassalador, fazendo lembrar um pouco aquele outro filme, A Vida é Bela, e a forma como um outro acontecimento histórico de consequências devastadoras para a Humanidade, é retratado sob o olhar de um jogo de criança.

Recomendo a quem possa ver e a quem não possa, recomendo que faça por poder. Encheu-me as medidas.

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