Saturday, September 1, 2007

Querida concha...

Não sei quando.
(há sensações que simplesmente não conseguimos descrever nem explicar)
Essa dúvida, incerteza, esse desconhecimento... existe.
(mais brilhante)
E não vou saber. Nunca.
(pensar em estar aconchegada)
Apenas naquele dia.
(envolvida por um aperto forte)
E então deixarei de estar... sozinha.
(Observada, com meiguice)
Deixarei de ser... apenas eu.
(deixarei a solidão de lado)
Começarei a pensar... a dois.
(completar a parte que faltava)
Irei sentir... tudo.
(cheiro do perfume)
Já nem me lembro bem do que isso é.
(falo de sentir. falo da saudade.)



"Querida concha:

No mar existem muitas conchas. Umas bonitas e boas, outras más e feias.
Procurei as conchas boas, mas não as encontrei. Estavam partidas ou riscadas. Cortavam.
Até que um dia, a maré trouxe até mim um concha. Colorida e transparente.
Essa concha abriu-se e eu sentei-me lá dentro. Para sempre."

(O Guarda da Praia, Maria Teresa M. Gonzalez)

1 comment:

Maria C Ferreira said...

O Guarda da Praia é um livro excelente !! :)