Cheguei hoje de madrugada... como explicar New York???
A cidade que não dorme, que não pára... Cidade de mil luzes e sons, prédios que se não tocam o céu, parecem estar muito perto dele... Local de encontro de culturas, caras diferentes em cada esquina, milhares de tons de pele, línguas variadas escutadas à medida que passeamos pelas suas ruas... e a convivência pacífica. Cada um veste o que quer, penteia-se como quer, pinta-se como quer. E ninguém olha, ninguém comenta, ninguém critica. Cidade de um povo muito amistoso, muito civilizado, muito hospitaleiro. Não estava à espera, mas devo dizer, gostei muito do povo americano... e a outra questão: o que é o povo americano? Quem são os americanos? São brancos, pretos, latinos, chineses... em Nova Iorque todos eles são americanos. Também é uma cidade de muitas lojas, muitas compras, de comércio por todo o lado, a toda a hora. É organização... sabem receber os turistas, sabem como não criar grandes filas em locais que estão sempre cheios de visitantes. É cultura que se respira em todo o lado... a cultura dos musicais, do stand up comedy, da música... e aquela outra, mais urbana, espalhada aqui e ali, para quem quiser ver. É dinheiro, que voa da carteira... não se come barato e mesmo assim, comi apenas uma vez de faca e garfo... É uma estranha sensação de segurança. É o peso do Ground Zero que se sente... o peso daquele dia há já alguns anos atrás, nas placas "In memory of..." espalhadas nos quartéis de bombeiros. É não acreditar como tudo aquilo foi possível ali. São igrejas, muito diferentes das nossas... É o metro, pouco cuidado, onde se atravessa a cidade. São ruas imensas e horas infindáveis a pé... e as consequentes dores. É o cansaço à noite, onde dormir é a única opção. São milhares de fotografias porque, como ela dizia, "o estímulo é muito". São táxis amarelos, milhares de táxis amarelos. E os autocarros escolares, também amarelos. E as ambulâncias, meias quadradas, que vemos nas séries. É o Starbucks para o pequeno-almoço. E são aquelas vistas sobre a cidade que nos deixam sem fôlego... e aqueles parques verdes e os esquilos fofos que por lá andam...
Nova Iorque é uma experiência sensorial e emocional boa, muito boa mesmo. Ponto.
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