Tuesday, October 2, 2007

Crianças.







Longos trilhos traçados pelo pó levantado de uma carrinha que nos transporta para todo o lado. Ao longo desses caminhos gentes, vilas e aldeias. Casas de mil e uma cores, anunciando todo o tipo de marcas. Mas são elas, sim, as crianças. São elas que mais nos chamam a atenção.
O adeus lançado na beira da estrada, sorriso aberto sem qualquer falsidade. A pele escura contrasta com a claridade e brilho do seu olhar. A liberdade de andar por todo o lado, naquela terra rica em tanta coisa, transparece. Talvez lhes falte algo, talvez mais do que muito, mas têm uma liberdade que nenhuma criança cá tem.
As mais pequenas, andam sempre no aconchego das mães, envoltas naqueles panos que as aproximam.
As maiores, correm, brincam... sem horas, rumo ou objectivo concreto.
Nós limitámo-nos a olhar para elas e absorver um pouco da sua energia. Jambo!, gritávamos das janelas. E rapidamente desapareciam, à velocidade de uma carrinha que não pára...

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