Saturday, December 6, 2008

A visita inesperada e a pergunta que se impõe.

Ontem, um reencontro bom. Como é habitual em ti: inesperado, espontâneo e repentino.
O abraço do passar do tempo... apertado.
A conversa do tempo que não passou... longa.
Fazes falta. Fazes-me falta.
Sabe bem sentir a tua amizade, como as demais amizades, porque me preenchem. A tua com um passado conturbado, por vezes doloroso. Mas hoje tranquila e, por isso, enriquecedora. Assim, sem mais.
Acusaram-te muitas vezes da tua obsessão por não estar sossegado, quieto a ver a vida passar lentamente à tua frente, insatisfeito com o que tinhas. Era talvez, e é, aquilo que te torna mais distinto do resto das pessoas, o que te fazia ter admiradores e pessoas que verdadeiramente não gostavam de ti. Sendo complicado de gerir por vezes, é algo que agora percebo melhor do que noutros tempos e admiro. Tens, ao contrário de tantas outras pessoas, a coragem de arriscar... sim, às vezes de forma inconsequente e sem pensar em quem te rodeia... mas quem te conhece já sabe um pouco com o que pode contar. Ao ler Gonçalo Cadilhe uma pergunta responde a todas essas dúvidas sobre ti e levanta tantas outras sobre como nos posicionamos nós, os outros, nesta vida:
"Afinal,
não era preferível ser um maldito obcecado
que um sonâmbulo indiferente?"

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