Wednesday, December 22, 2010

Noites boas, ultimamente...




Raining in Bairro Alto... um guarda-chuva chega para todos... :)


Jantarada no Super Mário... sem o suor habitual dos treinos...


O aconchego de uma casa, de um grupo,
de uma amizade que não se perde...
Adoro cada momento que passo com vocês...

Thursday, December 16, 2010

Porque temos em nós, e apenas em nós, a capacidade de...

É pensar no que nos acontece que nos leva a recear quando antes não receávamos, silenciar quando antes falávamos, fugir quando antes enfrentávamos de frente. É aquele momento em que olhamos para o espelho e já não vemos a pessoa que somos, mas alguém que desconhecemos. É estar e por vezes, na realidade, não estar. Perder-me em pensamentos múltiplos e não saber expressá-los, o que antes não acontecia. É sentir que voltei a uma fase da minha vida onde isto acontecia, depois de uma fase em que tudo isto era superado com facilidade. O que nos acontece? O que muda? Passamos uma vida a tratar-nos mal... hoje ouvi isto e pensei que sim, talvez seja verdade. Passamos a vida a olhar para nós e criticar o que está mal, o que deveria ser diferente, a celulite que aparece, a gordura que teima em acumular, a incapacidade para aguentarmos uma noitada como antes... e pensar no que temos de positivo? Porque é isso assim tão difícil? É olhar-mo-nos no espelho e vermos quem somos, a nossa alma através do nosso olhar, esquecer os defeitos, aceitar e abraçar quem somos. A mudança que tanto queremos só acontece quando o conseguimos fazer. Aceitar os elogios e aprender a fazê-los a nós próprios, porque sim. Porque todas as pessoas têm motivos para sorrir e se orgulhar, porque todos somos importantes, porque todos temos em nós a capacidade de sermos as melhores pessoas do mundo, as mais bonitas, as mais interessantes, as mais felizes....

Saturday, December 11, 2010


A verdadeira liberdade é um acto puramente interior, como a verdadeira solidão: devemos aprender a sentir-nos livres até numa prisão, e a estar sozinhos até no meio da multidão.

(Massimo Bontempelli)


Tenho saudades de viajar... :)

Wednesday, November 24, 2010

Tuesday, November 23, 2010

No meio de gatafunhos e palavras sem nexo, num discurso incompreensível, característico de uma pessoa em surto psicótico, surge a frase que não esqueço e me silencia... tão curta, tão precisa, inequivocamente o espelho da solidão e dor que um doente mental sofre...

... Só quero ir para aquele lugar onde possa ser alguém.

Friday, November 19, 2010

"Tem de haver roda."
E assim surge o som, o aprender a tocar, mais ou menos, alguns dos instrumentos que dão aquela emoção e ritmo à capoeira... Surgem as músicas e as letras, na voz deles. Eu que, ou toco, ou canto, mas desfruto. Porque também é bom, ficar ali apenas a observar e absorver tudo. Enche-nos... e queremos mais e mais!
Continuo a achar que a decisão de treinar, e em especial com este grupo, foi a melhor coisa que fiz por mim nos últimos tempos. Pouco a pouco, ultrapassam-se medos, leva-se o corpo a um limite que desconhecia que ele aguentava... e aprende-se todos os dias algo de novo.
Neste espaço, neste tempo, abstraio-me do trabalho que não pára, das folgas que não tenho, do pouco que a formação em que investi tanto dinheiro e tanta energia, me preenche...
É a Capoeira, com os seus treinos e rodas, e os amigos, em jantares, lanches ou passeios... isto faz-me bem! O resto, está quase a acabar... e depois volto às minhas 40 horas, que mesmo assim são muitas, mas que me permitem respirar de novo.

Inspira e expira. Olha nos olhos. Sente. Deita a negatividade fora. Sorri. Brinca. E procura-me, no meio de todas aquelas que não são eu. Perdi-me e agora estou num processo. Encontro-me, aqui e ali, ou quando estou com vocês, meus amigos. E, por vezes, perco-me de novo... apenas para lutar novamente para me encontrar.

Wednesday, November 17, 2010

A morte tem sido algo de muito presente no meu serviço ultimamente. É difícil, muitas vezes não tanto por quem parte que, quando sofre, podemos ajudar para que fique mais confortável, mas por quem fica. Dizer a uma mãe que chegou o momento de se despedir, dizer a um filho que o pai já não volta, dizer a um neto que o avô já não está cá. Permitir que a morte aconteça, não em solidão, mas na partilha deste momento com a família é fundamental. Facilitar que todas as despedidas sejam feitas, que nada fique por dizer. Que o "adeus" não se limite ao momento em que o caixão desce à terra ou as cinzas são dispersas num qualquer lugar...

Tenho memórias muito boas do meu filho e tenho memórias muito más. Mas é meu filho. Ver o meu filho morto é insuportável... (e limitar-me ao silêncio de quem está, acompanha, dá a mão e o ombro... mas que não compreende esta dor, porque nunca fui mãe e, espero, nunca ver um filho meu morrer diante dos meus olhos). Apenas estar... e às vezes, já é suficientemente difícil...

Sunday, November 7, 2010

"... deitei-me bem e acordei doente ..."

Foi assim que um doente, que deu entrada no meu serviço com o diagnóstico de AVC Isquémico em fase aguda, me explicou o porquê de estar a falar comigo e a chorar. E que frase tão curta mas tão concisa, tão precisa, tão incrivelmente clara, para descrever o impacto de uma doença de instalação súbita numa pessoa que sempre foi saudável. Um dia tudo estava bem e no outro algo se passa que nos abala e mexe connosco. Mostrei-lhe que, apesar de ter sido tremendamente assustador, as repercussões, naquele momento, mostravam estar em clara regressão. Que tudo iria, provavelmente, ficar bem, e que nós estávamos lá para o ajudar nessa caminhada. Sorriu mas as lágrimas continuaram a descer a sua cara, lenta e demoradamente...

... e às vezes precisamos de uma frase assim para perceber o quanto somos necessários ali, não apenas para a recuperação física destes doentes, mas para todo o processo de aceitação da sua nova condição de "pessoa com um problema de saúde".

Tuesday, October 26, 2010

Comer, Orar e Amar...


Um filme sobre como nos perdemos facilmente e como é difícil encontrarmo-nos de novo. Sobre a dependência do outro, a necessidade de não estar só... sobre não aprender a conviver connosco antes de partirmos para a convivência diária, sob o mesmo tecto, com outra pessoa. Um filme sobre a procura de quem somos, com tudo o que vivemos, com todos os erros que cometemos, com todos os medos que diariamente nos acompanham. Um filme sobre aqueles momentos de solidão extrema em que, à volta, todos parecem estar acompanhados e felizes. Sobre a procura dos pequenos prazeres. Das viagens, como fontes de inspiração e encontro de beleza inexplicável... nos lugares, nos sons, nas cores, nos cheiros, nos sabores (desgustar um esparguete à bolonhesa como se nunca fóssemos provar outro igual)... sobretudo, nas pessoas. O perceber que, em qualquer canto deste planeta, as relações guiam-nos... as de amizade, as de família, as de amor. Um filme sobre a procura do equilíbrio e sobre tudo o que nos impede de o encontrar. Fugir do amor e perceber, no fim, que por vezes o desequilibrio que tantas e tantas vezes acompanha o amor nos traz o equilíbrio que a vida exige. Mas connosco, sempre presentes. Amar o outro, porque antes já conseguimos amar-nos a nós próprios. E, assim, não necessitar do outro para gostar de nós. Apenas partilhar quem somos, o que queremos, o que desejamos, o lugar para onde vamos... e esperar fazer este caminho acompanhados por alguém que queira partilhar o mesmo. Juntos. Unidos. Mas nunca perdidos de nós próprios. Porque eu existo antes de nós existirmos... mas existirmos ambos, é absolutamente maravilhoso.


A minha viagem, essa, continua... até esse ponto de equilíbrio que, algures, espera por mim. Continuando a procurar um pouco de mim que ainda anda perdido. Um pouco ou muito, não sei, mas mais perto desse lugar.

Monday, October 25, 2010

Querendo muita malandragem e muita ginga... Salve!

Friday, October 8, 2010

No meio de alguma, às vezes muita, energia negativa... um sopro da outra energia, em forma de exercício físico, desafios, música boa do birimbau e do pandeiro... e do grupo. Vai ser bom, muito bom. E eu, estava mesmo a precisar...

Thursday, September 30, 2010

Nem sempre é fácil encontrar e percorrer o caminho...
Continuo à procura.

Sunday, September 26, 2010

Uma bugiganga para o século XXI.


De acordo com os últimos dados, mais de 20 mil portugueses já adquiriram a milagrosa pulseira que todos os estudos científicos dizem não funcionar. Não admira. De que serve um estudo científico se a pulseira é ainda mais científica? Um dos responsáveis pela distribuição da pulseira em Portugal revelou ao Correio da Manhã que o segredo está nos "dois hologramas quânticos embebidos numa frequência com iões negativos" que vão "estabilizar a nossa frequência". Quando o jornal confrontou um professor de Física da Universidade de Coimbra com esta explicação, aconteceu o habitual: obviamente invejoso por nunca ter embebido hologramas em iões, o professor disse que aquele paleio pseudocientífico não fazia qualquer sentido. Infelizmente, na comunidade científica é sempre assim: bem podem as pulseiras reluzir nas montras, com os hologramas ainda a pingar iões, que haverá sempre alguém a negar que as nossas frequências possam ser estabilizadas pelas frequências quânticas. A desfaçatez!

Dito isto, devo, no entanto, confessar que sou moderadamente cético quanto às capacidades da pulseira. Não digo que a pulseira do equilíbrio não provoque bem-estar. O que digo é que provoca mais em quem a comercializa do que em quem a usa. Creio que, se a pulseira do equilíbrio produzisse, de facto, equilíbrio, assim que o seu proprietário a colocasse no pulso pensaria: "Espera aí, acabei de dar mais de 30 euros por uma argola de borracha. Percebo agora que não foi uma decisão particularmente equilibrada. Vou à loja tentar recuperar o dinheiro." No entanto, é falso que a pulseira não produza qualquer efeito. Quem a usa passa a empenhar-se numa espécie de proselitismo gratuito, informando os amigos dos benefícios de andar com coisas quânticas ao dependuro. E é possível que a energia despendida nesta tarefa produza efeitos saudáveis, uma vez que explicar um processo fantasioso através de palavras que não se compreendem constitui um esforço notável.

Pela minha parte, começo a sentir alguns efeitos da pulseira mesmo não a tendo adquirido. A admiração que tenho pelo fenómeno levou-me a agir de um modo que, segundo creio, não tardará em produzir melhoras na minha qualidade de vida. O meu plano é encomendar 50 mil anilhas para pombos a dez cêntimos cada. Depois, mergulhá-las num caldo de iões tão quânticos quanto me for possível, e vendê-las a 30 euros a unidade sob a designação de "O Anel da Temperança". E, anualmente, renovar o stock de charlatanice quântica com novidades. O Colar da Constância, Os Brincos da Estabilidade e A Gargantilha da Harmonia garantir-me-ão, acredito, negócio para a próxima década. Estejam atentos.

(Ricardo Araújo Pereira)


Wednesday, September 15, 2010

Pedaços de Boipeba.





Pescadores.







Detalhes das praias de Boipeba.






Canoa de pescadores.


Em direcção, provavelmente, ao trabalho.


Vendedor de gelados no Morro de São Paulo.




Dormi, lado a lado com estas águas.


... detalhes de águas apressadas...

Brasil: Lençóis, Chapada Diamantina, Boipeba e Salvador

Dias mágicos. As viagens trazem consigo, pelo menos para mim, emoção, aventura, aquela vontade de desbravar o mundo. Foi assim que partimos para o Brasil, ansiando o encontro com outros lugares, histórias, gentes, sons e sabores.
Lençóis, terra pequena e pacata, de ruas de pedra, casas coloridas, pessoas de sorriso aberto. Uma amiga à espera, o abraço, o brilho nos olhos. Um passeio, cansativo, depois de poucas horas de sono. A pousada, acolhedora, e a noite que nos prepara para uma aventura de dois dias rumo à cachoeira do Michila. Dois dias em que o cansaço quase me derrotou e levei o meu corpo a limites a que ele já não estava acostumado. A presença, sempre tranquilizadora, de todos. A ajuda, o apoio. Ultrapassar de obstáculos e locais que valem todo o esforço. Águas que correm apressadas por uma imensidão de estruturas de pedra, plantas e árvores. Eu e a natureza. Nós e a natureza. Dormir debaixo de estrelas, de chuva, ao som da água, ao sabor da brisa. Andar, em contacto com o chão, pé e chão, apenas. Dor, dificuldade, beleza imensa. Mergulho em águas geladas, subir cachoeiras, mais caminhada. Até ao local de uma grandeza tal que apenas o silêncio o explica. Nadar, lá, faz-nos sentir tão grandes e tão pequenas. O som, as cores, a intensidade de chegar lá e mergulhar porque a natureza nos ofereceu aquele lugar. O regresso, em que nos superámos. Porque estávamos, depois de dois dias intensos, ainda assim revigorados. A noite, com altos níveis de álcool, muita música, muitas gargalhadas, travar de amizades, trocar de experiências e longas conversas. E mais um dia, de sensações profundamente marcantes. Deitar-me, no meio de uma gruta, onde a escuridão e o silêncio são totais. Deixar-me levar e absorver tudo. Ter vontade de prolongar esse instante. E a mesma experiência, dentro de água, mergulhando. Sem luz, sem som. É sentir a solidão e, ao mesmo tempo, ter a perfeita noção de que, ali, naquele instante, estamos completos. Corpo mergulhado inúmeras vezes em águas que lavam a pele e a alma. Locais que lavam a vista. Momentos que me agitam, que me provocam uma inspiração profunda e uma expiração prolongada. Momentos meus, tão meus, só meus. Em mim e comigo. Fechada, abraçada a mim, apertando-me com força. Momentos nossos, tão nossos. Nós. Eu com vocês. Aquela inundação de carinho, de amizade, da certeza de guardar estes instantes para sempre na nossa caixinha de memórias partilhadas.
Depois o local de praia, Boipeba/Moreré. Areais imensos, marés indomáveis, ventos agitados. Longos passeios, pequenas aldeias, pessoas que nos recebem de braços abertos. Muleques que jogam futebol na praia e dançam samba na praça. O peixe secando ao sol, depois do trabalho árduo dos pescadores. A moqueca de peixe, de camarão, de polvo... a lagosta. Sumos de frutas naturais, sabores intensos e frescos. As cores: do sol, das nuvens, do mar, das palmeiras, da terra de estradas esburacadas e dos poços de lama. O tractor que nos leva para a outra aldeia, um pouco maior que a nossa. Os sonos bons, relaxados, naqueles quartos maravilhosos. O duche, no final do dia, que sabe tão bem. Os bichos, que vemos e de que nos falam. A festa que não foi festa, porque "o som quebrou". A mistura de línguas e sotaques. O Inverno deles...
Salvador... cidade grande, da qual pouco acabámos por conhecer. Ruas que lembram as telenovelas, igrejas que lembram o nosso Portugal, sons que são deles e o ritmo que eles têm no corpo. Uma noite de samba puro, daquele dos bares pequenos, das pessoas que dele e nele trabalham há anos e cujas vozes e sons tocados não são igualáveis. O meu aniversário, as surpresas e o carinho. A pousada, as gargalhadas antes de adormecer. A febre das havainas e as muitas baianas espalhadas pelas ruas. O mercado e o artesanato. Contar o dinheiro. As crianças das e nas ruas. A imagem que não esquecerei. Elas, dormindo na rua à frente da pousada. Sujas, encolhidas, com restos de comida nas mãos, provavelmente de algum contentor de lixo. Olhos inchados e vermelhos, talvez sinal do consumo de substâncias que nem um adulto deveria experimentar. Essa pobreza, esse desespero. O silêncio que fizemos ao sair naquele dia da pousada. Aquela imagem que entristece, magoa, corrói. A solidão deles e o seu sofrimento. A nossa impotência, o nosso medo. A polícia, em cada rua.
Agora, o regresso. E são sempre poucas as palavras, poucas as imagens, grandes as emoções. Brasil... porque eu amo muito tudo isso.

Wednesday, August 18, 2010

Hoje foi um dia nostálgico. Decidi dar um olhinho em algumas das milhares de fotografias que tenho em 20 milhões de cd's, que representam as muitas aventuras, maravilhosos momentos e viagens que fiz. Isto tudo porque queria fazer uma selecção e publicar algumas no meu facebook. O tempo passa e olhei para elas com imenso carinho e com um sorriso enorme estampado no rosto. Afinal, é às vezes nestes momentos que nos apercebemos da vida fantástica que temos e de tudo o que fizemos até hoje. Além disso, criei um álbum denominado "fotografando..." e lembrei-me de quanto gosto de vislumbrar detalhes, momentos, pessoas, objectos. Gosto da textura, do cheiro, do gosto e da côr que uma fotografia pode mostrar. Um dia, quando tiver uma casa, mais do que quadros quero aproveitar algumas dessas fotografias, aquelas que me dão prazer porque ao olhá-las penso que ficaram boas, interessantes, e usá-las na decoração. Às vezes, em mil fotografias, apenas uma fica realmente bem... mas por isso vale a pena, nada do que é muito fácil é interessante.
Agora, mais umas horas no serviço, de noite... tudo calmo. Os doentes dormem e, aparentemente, não dão sinal de nos pregarem nenhum susto com descompensações repentinas. Vamos lá ver...

Sunday, August 15, 2010

Uma noite simples, de Verão.

Sexta fomos celebrar os aninhos da Pipa num pequeno encontro no CCB. Um espetáculo de flamenco, que ainda que interessante e, essencialmente, despolotador de sentimentos de saudade e nostalgia por uma Espanha que me é tão próxima e pela qual guardarei sempre um carinho enorme (más que "mis hermanos", siento que también yo soy algo española), ficou aquém das minhas expectativas. Faltou garra e força ao bailarino, a masculinidade que considero essencial, o rosto agressivo, possessivo, controlador. Tal como no Tango Argentino, o homem tem de ter esse papel. Os movimentos foram suaves, fluídos, o rosto quase inexpressivo. Era necessária mais garra.
Depois foram os momentos na esplanada, a comer bolinho, salgados e a beber uns sumos. Delicioso! Não pela comida, mas por nós, pela noite, pelas gargalhadas, pela partilha, pelas confissões e a cumplicidade tão nossa e tão aconchegante.
E o culminar da noite, depois de sermos expulsos da esplanada (já se fazia tarde e, por lá, já não podíamos ficar) umas horas nas escadas do CCB. Simplesmente à conversa. E que bom! É bom rir e sentir que juntos somos nós, sem condicionamentos, sem medos, sem receios. Aceitamo-nos, compreendemo-nos. Somos tão diferentes mas encaramos essa diferença de uma forma positiva e enriquecedora. O resultado são sempre momentos, pequenos e grandes momentos, que recordamos sempre com carinho e que nos fazem sorrir imensamente.
Mais uma noite de Verão fabulosa. Simples.

Sunday, August 8, 2010

Este nosso mundo está mais FEIO, sem ele.

O meu "adeus" e a minha tristeza por mais uma perda importante para o nosso país. A doença e a morte não perdoam. Um lutador, um excelente actor, um grande humorista e um grande artista.
Sejamos felizes e vivamos tudo intensamente, tal como ele próprio fez e recomendou. Palavras sábias, essas...

Almancil (Algarve) - Agosto de 2010

Regressada, ontem, de uma semana de dolce fare niente, em família, na bela localidade de Almancil, no Algarve. Uma semana conseguida com trocas no serviço que me permitiram recarregar baterias para mais três semanas de trabalho... e depois: férias! E agora, para o Brasil! Uhuhuhuh! E em excelente companhia: a dos amigos! :)

Esta semana foi para descansar, apanhar sol, tomar banhos intermináveis na piscina, passear e estar em família. Foi ver a minha sobrinha crescer, a cada dia. Cada vez com mais vocabulário, com mais facilidade para se expressar... Foi receber os abraços e os beijinhos dela, passear de mãos dada para ir ver os "cavalinhos e os patos", dar-lhe a sopa, fazer desenhos e ajudá-la na piscina. Foi ver os meus pais felizes, a usufruir de uma semana que também eles precisavam. Foi estar com o meu irmão e com a minha cunhada e vivenciar com eles todos estes momentos. Foram momentos em família, que também são importantes e saborosos.

Agora, já no serviço, é tempo de trabalhar outra vez... e começo logo com uma noite... tão bom! Mas tudo calmo, pelo menos até agora.

Yes, please! lol

Friday, July 16, 2010

Because being able to love someone and let that person love us back is hard. It means you give something very special to the other person: you give yourself, not by loosing who you are or what you want, but by sharing all of that with the other person. That's love. Love doesn't throw that out, like garbage. Love treats you right and makes you feel good. It should not hurt more than good things hurt sometimes. It should not make you cry more than normal things sometimes makes us cry. It should not raise doubts or a sense of insecurity. It should be strong enough to overcome the hardest situations. We are to young not to want, wish and search for that kind of love, the only one that matters, the true and real love that will make us happy, just like fairy tales. We should want that, nothing less. We deserve it.

Monday, July 12, 2010

10 de Julho de 2010 - Optimus Alive (Pearl Jam!)

Yes I understand that every life must end...
As we sit alone, I know someday we must go...
I’m a lucky man to count on both hands
The ones I love...
Some folks just have one,
Others they got none...
Stay with me...
Let’s just breathe.
Practiced are my sins,
Never gonna let me win...
Under everything, just another human being...
Yeh, I don’t wanna hurt, there’s so much in this world
To make me bleed.
Stay with me...
You’re all I see.
Did I say that I need you?
Did I say that I want you?
Oh, if I didn’t now I’m a fool you see...
No one knows this more than me.
As I come clean.
I wonder everyday as I look upon your face...
Everything you gave
And nothing you would take...
Nothing you would take....
Everything you gave.
Did I say that I need you?
Oh, Did I say that I want you?
Oh, if I didn’t now I’m a fool you see...
No one know this more than me.
As I come clean.
Nothing you would tak...
everything you gave.
Hold me till I die...
Meet you on the other side.
(Just Breathe - Pearl Jam)
Quando as letras, a música, a voz ou o ambiente de um concerto nos consegue emocionar e nos consegue lembrar tantas boas coisas, tantos bons momentos... Quando olhamos para trás e percebemos que algumas daquelas músicas preencheram parte da nossa vida, de bocados do nosso dia a dia... Quando isso acontece, estamos perante um grande grupo e muito boa música. Uma noite fantástica, em boa companhia, repleta de emoções. OH IIIIIIIII.... OHHHHH.... I'M STILL ALIVE!...
Optimus Alive 2010

Thursday, July 8, 2010

Pearl Jam - Optimus Alive 2010


É já no Sábado e eu estou ansiosa para os (re)ver! Promete ser incrível, com o Optimus Alive esgotado para o dia da actuação deles.... I'm ALIVE! Keep on rockin in the free world!...

Está a ganhar forma e vida...

... mais uma viagem e uma grande aventura, desta feita por terras brasileiras, mais concretamente, Salvador da Baía, Lençóis, Chapada Diamantina e Boipeba... QUERO! Em muito boa companhia, como sempre, partiremos uma vez mais à descoberta deste nosso imenso mundo e da sua imensa beleza! PRECISO! Vai ser cansaço físico e depois descanso físico mas sobretudo muito relaxamento mental. VOAR! Para longe, apanhar um avião, sair daqui, conhecer mais e mais. Está quase (porque já esteve mais longe, mas é só em Setembro) e está quase toda planeada...

Tuesday, July 6, 2010

"Eles disseram que vocês são uma equipa fantástica, que não poderiam desejar nada mais."

Apenas e só porque não viramos as costas, porque estamos, porque não permitimos que as estatísticas se confirmem, aquelas que dizem que quando um doente está a morrer é quando passa mais tempo sozinho, sem ser visto ou acompanhado por um profissional. Não quero, de todo, aliás não gosto que tal ocorra. Hoje fiz questão de vos falar, de vos acompanhar... vocês, família, tantas vezes negligenciada, e a si, sr. A., utente do serviço onde trabalho. Fazer compreender a uma esposa, um genro, uma filha, que o tempo chegou. Que aquilo que durante anos temeram, mas contra o qual lutaram, é agora inevitável. Fazer esse caminho com vocês. Ele precisa de vocês, e nós estamos cá para vos ajudar a conseguirem acompanhá-lo. Dia e noite. O tempo que for preciso. Nós, a equipa dos Paliativos e o padre que dá apoio ao hospital. Nestes momentos todas as forças são importantes, no sentido de acalmar, tranquilizar, limpar a alma e dar o tempo para chorar, gritar... ou para estar em silêncio. Palavras que me fazem pensar... uma esposa que diz, lavada em lágrimas que lhe percorrem o rosto com grande velocidade - "anda uma pessoa uma vida toda a trabalhar... e quando chega o momento de desfrutar da vida, tudo termina." (Pergunto-me se haverá uma maior lição de vida...) Não me quis vir embora sem me despedir. De si, sr. A., e da sua família. Quis ser eu a levar a seringa e iniciar a perfusão daquele tão temido medicamento (porque acelera a morte???) e mais uma vez ajudar a entender que só queremos que o senhor esteja calmo, tranquilo, sem gemidos de dor e sem dificuldade respiratória... que os seus últimos momentos sejam em paz, tranquilidade, sem sofrimento. O vosso "obrigada", seguido do meu "não têm nada que agradecer. Estamos cá para isto mesmo." parece vago mas é muito mais do que esperaria... apenas porque tudo, apesar de muito doloroso, de muito intenso, de muito desgastante por vezes, é também muito cheio, muito rico, extremamente compensador. Amanhã voltarei, não sei se para vos encontrar de novo por lá. Por isso não quis deixar de me despedir.

Growing up a little everyday...
learning stuff about life...
and death.

Saturday, July 3, 2010

Colete Encarnado e Amizade

O que têm touros e amigos a ver uns com os outros? Uma noite bem passada, a celebrar os 26 anos de uma amiga (muuuuuuuuuuuuuu).
Vila Franca de Xira em festa, nós em festa, todos à nossa volta em festa. Muito bom!
Venham mais noites assim!

Ao sr. P.

Cheguei hoje aqui ao serviço e a tua cama está vazia. Sim, sei que partiste ontem, ainda comigo aqui, mas ontem não me despedi de ti, ou melhor... acabei por o fazer, em silêncio, logo de manhã, quando me apercebi que nos irias deixar em breve. Mas hoje não estás e algo é estranho, incomodativo, ao olhar o teu lugar de tanto tempo vazio.
Tu decidiste desistir. Para nós, inicialmente, foi complicado percebê-lo. Começou por não tomares os medicamentos, depois por não comeres, depois já não te levantavas... A nossa insistência inicial, em que cheguei a passar uma hora contigo convencendo-te a comer, em que me olhavas como que detestando-me e me empurravas... depois compreender que só comias quando quisesses e aceitá-lo.
A tua situação, paliativa, fazia prever este desfecho, mas vi-te piorar, enfraquecer. Creio que há três dias atrás quando me agarraste o braço e me olhaste profundamente, directamente, sem receios, tentando dizer algo que não compreendi, te despediste... sinto que esse olhar foi um "obrigado".
Sei que quiseste lutar, por nós e, sobretudo, pela tua família... fizeste-o até não conseguires mais. No fundo, creio que insistimos porque te sabiamos um homem forte e com garra. Agora percebo que há também que ser muito forte para aceitar que a nossa hora chegou e mostrá-lo aos outros, fazê-los entender, dar-lhes o tempo para que tal sucedesse e, depois, partir.

Viver o impossível,
crescer com o inimaginável.

Saturday, June 26, 2010

A minha afilhada...

... sabe-a toda! E está a tornar-se uma verdadeira menina! Adora acessórios! Ou seja, quando vem cá a casa, a minha gaveta dos colares, pulseiras e coisas afins é assaltado de repente! Basta dizer: "queres ir ver os colares e as pulseiras da tia?". Os braços abrem-se e vem logo para o meu colo! Chantagem? Nãoooooo... Estou é a habituá-la mal! ;)





Tuesday, June 22, 2010

... Tens uma estrada
Tenho uma mão cheia de nada
Somos um todo imperfeito
Tu és inteira e eu desfeito
Vamos fazer o que ainda não foi feito

E eu sou mais do que te invento
Tu és um mundo com mundos por dentro
E temos tanto pra contar
Vem nesta noite
Fomos tão longe a vida toda
Somos um beijo que demora
Porque amanhã é sempre tarde demais ...
(Fazer o que ainda não foi feito - Pedro Abrunhosa)

Coisas...

Não está adormecido o desejo! Continua latente, pulsante, enérgico. Só que simplesmente percebi que não vale a pena desesperar... Quanto estamos todos juntos e olho à minha volta, por vezes, penso em como também queria aquilo. O abraço durante o concerto, a dança à noite, num qualquer sítio, o caminhar de mãos dadas, os planos para o futuro, as viagens em que eles também vão. Mas faz parte, é aquela solidão instantânea... porque passa, perto dos meus amigos passa porque eles são assim, preenchem-me. Mas sinto-o. Sei, no entanto, que chegará o meu dia. E será bom. Sem pressas.
Nestes tempos, de tanto para fazer, a minha disponibilidade também não é total... pura verdade.

Friday, June 18, 2010

ACABOU! O primeiro estágio acabou e eu agradeço a todos os santinhos por isso! Andava exausta e "trabalhar em duplo" não é a minha onda... já chega a imensidão de trabalho num lado!
Agora um exame e dois trabalhos para entregar... depois as férias, pelo menos da faculdade, porque férias férias só em Setembro... mas vai valer a pena esperar, tenho a certeza!!!! :) Depois seguem-se mais 6 meses duros... mas com isso preocupo-me depois!
P.S. - Hoje, para comemorar... Jorge Palma, in concert, em Oeiras! Em boa companhia, como sempre!

Thursday, June 10, 2010

Estes últimos tempos...

Há mais ou menos uma semana atrás fui ver o Ruizinho... quem? O Rui, senhor Rui Veloso, nas festas de Oeiras... já tinha saudades de um concerto assim, com músicas que o público canta a uma só voz, com letras que nos emocionam... aliás, já tinha era saudades dum concerto! Já não ia a um há muito tempo! E o ambiente de feira... o passeio, os amigos, a partilha... foi bom, foi muito muito bom! Comida de roullote, calorias em excesso e muita boa disposição!
Ontem também houve jantarada! Desta vez a nossa Xaritxa fazia anos! Um sítio diferente, Lx Factory, que não conhecia mas que fiquei a adorar! E depois o Jamaica, tão afamado, tão falado, tão aplaudido! Finalmente consegui lá entrar e não esperei horas na fila! Fantástico! Mais uma vez uma noite de amizade, conversas boas, o "quentinho por dentro" de vos ter.
E hoje dormi até tarde! Uhuhuhuh! A minha vida anda uma agitação e uma diversão! Mmmm... bom, talvez não sempre... são 4h15 e estou a fazer uma pausa entre trabalhos que tenho de fazer para estágio (essas 24h semanais que acrescem às 40h semanais de trabalho de base), durante um turno de noite no hospital onde trabalho! O que vale é que eles estão tão bem tratados e aconchegados que dormem, calmamente...

Tuesday, June 1, 2010


Aqui a ursa... anda exausta!

Sunday, May 30, 2010


É duro ser-se velho e doente. Ou temos a sorte de ter uma boa família e uma doença "minor", ou acabamos tantas e tantas vezes acamados, com feridas, desnutridos e desidratados... depois de uma vida de trabalho, de entrega à sociedade, de experiências e histórias para contar, de anos e anos de luta para viver minimamente bem, acabamos a (sobre)viver numa cama de hospital, até que o corpo já não aguenta, ou somos levados para um lar, despersonalizado, frio, onde nada é nosso e nós não somos nada.

Aos velhos deste nosso mundo (ou séniores, como um amigo diz e muito bem, tirando a conotação negativa que por vezes o termo "velho" pode ter): um abraço, um beijo, um carinho. Porque nos deram tanto e têm ainda tanto para nos dar. Porque todos os dias aprendo tanto com vocês, mesmo quando às vezes são um pouco "chatos". Porque têm um lugar cá e porque fazem a diferença. Porque as rugas e os centímetros que se perdem com o passar dos anos são imensamente bonitos.

... e o dia que estiverem assim tão doentes, que seja calma e sem dor a vossa partida.

Wednesday, May 26, 2010

Algures... em 2006.

Este foi o dia em que deixámos de ser estudantes (pelo menos, da licenciatura!)...


... e nos tornámos enfermeiros...


Que saudades daqueles quatro anos!...

Vida dura! :)
Fogo! Se tudo correr bem, ainda faltam 10 meses para ser especialista! Dassssssssssssss... quem mandou, quem foi?!?

Tuesday, May 25, 2010

Outro dia foi o aniversário da Cris... e fomos jantar! Um bom convívio, matar saudades, perceber que as minhas amigas, porque o são, ficaram a remoer em algumas coisas que eu não (é por isso que gosto tanto de vocês pah!)... E fomos sair! Para um sítio com boa música, anos 80 e muita dança... e eram 3h30 e parecia que eram 12h e ainda não tinha dormido... estou a ficar velha!...

Sunday, April 25, 2010

25 de Abril




Grândola, vila morena
Terra da fraternidade
O povo é quem mais ordena
Dentro de ti, ó cidade
Dentro de ti, ó cidade
O povo é quem mais ordena
Terra da fraternidade
Grândola, vila morena
Em cada esquina, um amigo
Em cada rosto, igualdade
Grândola, vila morena
Terra da fraternidade
Terra da fraternidade
Grândola, vila morena
Em cada rosto, igualdade
O povo é quem mais ordena
À sombra duma azinheira
Que já não sabia a idade
Jurei ter por companheira
Grândola, a tua vontade
Grândola a tua vontade
Jurei ter por companheira
À sombra duma azinheira
Que já não sabia a idade

Grândola, Vila Morena - Zeca Afonso


Porque nunca é demais lembrar.

Saturday, April 24, 2010


O Grito. Edvard Munch

Os "malucos"?

Mais uma nova fase. Estágio no Júlio de Matos. O tempo livre escasseia e ando exausta. Mas parece-me que poderá ser uma excelente experiência, se fizer o que me ando a propôr fazer. Os "doentes" esses, pessoas com histórias de vida impressionantes. Tempo para me sentar a falar com eles, estar com eles, acompanhá-los. O estigma que ainda existe mas que gostava que desaparecesse. A saúde mental separa-se da doença mental por uma tão ténue linha que ninguém pode dizer, com certeza, que nunca a atravessará. E depois, do outro lado da linha, ansiamos, como qualquer pessoa com uma doença orgânica, apoio, ajuda, compreensão e presença de quem nos é próximo e de quem trabalha para isso. Nada mais.
... porque os malucos, somos todos nós.

Sunday, April 11, 2010

É o toque, o olhar, os sorrisos, um falar mais perto, uma imagem boa, um olhar, conversas que sabemos quererem dizer algo mais, o sentir, o fazer sentir, o deixar-me ir e o gostar. Momentos numa noite de férias algarvias. É a atracção, desempenhando o seu papel. E porque não?

Férias em Albufeira.

Férias. Uma semana de descanso, sol, praia, piscina, uma casa grande e confortável e, sobretudo, uma excelente companhia. Sempre rodeada de amigos, sem stress, com muitas gargalhadas, palhaçadas e conversas infindáveis, sobre temas rotineiros e temas que mexem connosco. Foi música, muito karaoke, jogos repletos de questões, mímica, cartas, passeios na praia, compras, refeições cozinhadas e saboreadas em grupo, danças creativas na sala. Foram momentos de partilha. Um grupo que realmente é diferente e pelo qual tenho um enorme carinho... vocês fazem-me falta. Sentir-me "quentinha por dentro" por vos ter na minha vida e partilhar tanta coisa boa com vocês... sabendo que nas coisas más, também estão sempre aí. Foi bom, muito bom, e eu precisava agora, mais que nunca, disto. Uma semana em Albufeira a repetir!

Quero mais férias!!!!!

A amizade... o pilar de tanta coisa na nossa vida.


Friday, April 2, 2010

Ontem passei uma boa tarde em família. Daquelas que nos aquecem o coração e nos fazem pôr um enorme sorriso na cara. E foi bom, simples e bom. E o abraço da minha afilhada, as suas caretas, os seus beijinhos, a forma como me agarra a mão quando quer que vá com ela a qualquer lado, o seu sorriso e a sua meiguice (e também a traquinice, porque não?)... são aqueles momentos, pequeninos, que me dão uma energia imensa! E estava mesmo a precisar dela... finalmente, férias! Ainda que com trabalho para fazer, mas descanso... E a semana que vem!... amigos, uma casa alugada e muita muita boa disposição! Recarregar baterias! Here we goooooooooooooo!

Sensualidade!

Às vezes procura-se a sensualidade e sexualidade, com tudo o que a elas está associado, em coisas rebuscadas, em algo irreal, em algo que, no fundo, não nos toca, não mexe connosco, não nos faz querer estar ali e trocar de lugar com alguma das personagens. E depois vem a dança, a música, o envolver de dois corpos... e pergunto-me: is there anything sexier than that?



I don't think so!

Thursday, March 18, 2010


Infelizmente, por vezes, é mesmo assim. Senti-lo, na pele, não é agradável. Não é bom quando vemos que só sorriem para nós se tudo funciona à maneira preconizada e se algo é dito, algo é criticado, surgem logo muitas perguntas, considerações sobre a capacidade da pessoa e a sua experiência.
Preocupar-se é um grande passo para melhorar e alcançar a excelência... desistir e deixar tudo como está, apenas para "não incomodar", é um passo gigante para a falta de qualidade.

Thursday, March 11, 2010

Thursday, March 4, 2010

Estou...

... cansada, muito cansada... preciso de férias, urgentemente.

Thursday, February 25, 2010

A incapacidade para aceitar que o amor envolve dor faz do Homem um escravo da gratificação imediata, impedindo que o amor dê frutos. O amor não é algo imediato, é algo que se constrói, que demora o seu tempo a consolidar. Esta relação afectiva tem um carácter duro, representando a unificação de aspectos diversos como a afectividade e a sexualidade.
O amor precisa de uma perspectiva infinita para se realizar, porque o amor a prazo não é amor.
O amor como sentimento é a antecipação da realização conjunta de duas subjectividades sem que isso suponha a anulação de uma pela outra mas, ao contrário, supondo que a diferença se mantém. Daí resulta que uma subjectividade se encontra a si mesma na outra.
O amor é a captação de um tu, de cuja plenitude depende a nossa própria plenitude, de tal modo que esse tu desperta o melhor que há no eu.
Filosofia do Homem - Vicente Arregui e Choza, 1992
Depois de uma aula demencialmente (permitam-me o trocadilho!) interessante de Enfermagem Psiquiátrica, a frase:
Se não contivermos os nossos sentimentos,
somos água espalhada no chão.
... :)

Sunday, February 21, 2010


O poster do filme que tão bem o representa. Mulher sem rosto, gatafunhada pela vida, em pinceladas violentas e fortes. Ela, com uma história de vida tão poderosa, tão cheia de tudo o que a vida pode ter de negativo. Mulher, menina, rapariga violentada, agredida, desdenhada por aqueles que lhe eram próximos, que supostamente a deveriam amar. Ela, desprotegida, indiferente, fechada em si mesma e para o mundo. Calada e ausente. Mas também ela, incrivelmente sonhadora, capaz de acreditar e pensar num mundo melhor, numa vida aconchegante. Ela, menina madura, que vê a vida como ela é, que a assume e que a abraça, com uma garra que surpreende qualquer um, virando costas ao passado e dando uma oportunidade ao futuro, o dela e o deles, ao seu colo e de mão dada, sorridentes. Todos aqueles e aquelas que a ajudam. E ela, que depois de tudo, mantém a distorção da realidade. Dela foge a menina, deixando-a para trás, para sempre.
Brilhantes actuações. Filme violento, intenso, pesado. Vidas às quais não devemos fechar os olhos. "WRITE!", mesmo que não lhe apeteça, liberta-se e partilha as suas angústias.
Precious...
porque todos somos "pedras preciosas".

Saturday, February 20, 2010

Ontem foi um lanchinho que se prolongou para jantar pela noite dentro... foram conversas, escolha da casa para passar umas férias ansiadas e merecidas, foram histórias, partilhas de projectos que estão quase a começar (boa sorte minha amiga! que sejam muito felizes!)... fomos nós, simplesmente nós, e sabe tão bem!
Eu QUERO essas férias... JÁ! :)
E agora, no serviço... mais uma noite de trabalho!

Thursday, February 18, 2010

"Invictus" by William Ernest Henley

Out of the night that covers me,
Black as the Pit from pole to pole,
I thank whatever gods may be
For my unconquerable soul.
In the fell clutch of circumstance
I have not winced nor cried aloud.
Under the bludgeonings of chance
My head is bloody, but unbowed.
Beyond this place of wrath and tears
Looms but the Horror of the shade,
And yet the menace of the years
Finds, and shall find me, unafraid.
It matters not how strait the gate,
How charged with punishments the scroll,
I am the master of my fate;
I am the captain of my soul.

Acabadinha de chegar do cinema, depois de ver este filme, só tenho uma palavra: uau! Uau a história que tem por trás, de luta imensa de um homem, de um povo, que tentou acabar com diferenças, com preconceitos, com separações. Uau a forma brilhante como Clint Eastwood, uma vez mais, não desaponta. Imagens, sons, cores e movimentos que nos agarram, nos emocionam, nos fazem sorrir com a lágrima a percorrer a face. Uau a Morgan Freeman, com a interpretação brilhante, aquela posse, aquela figura imponente e ao mesmo tempo frágil. Uau a Matt Damon... a presença, a intensidade do olhar, a força da personagem e também a mudança física (uau! para isso também!). Uau a lutas como estas que acabam com aquilo que de mais ilógico se vê neste mundo - pessoas que detestam pessoas, pessoas que vêem no outro, pessoas como eles, algo que não pessoas. Independentemente da côr da pele, a cultura ou a língua serem diferentes... somos nós, todas as pessoas deste mundo, pessoas! E somos nós, apenas nós, que decidimos como funciona o nosso mundo, como se desenrola a nossa vida e em que contexto. Depende de nós, de cada um de nós, não calar o que está mal. Porque nós, eles, tu e EU... "sou o dono e senhor do meu destino, o comandante da minha alma".

Wednesday, February 17, 2010

Aconchego.

Ontem foi até às 5h, na conversa, na partilha de momentos aconchegantes, com leitura de mapa astral incluída...! Pela expressão, dita entre dentes ("tens um mapa bom pa c********!") fiquei bem tranquila e feliz :) É engraçado perceber que há coisas que não se explicam, ou que se explicam, por ciências que não estudámos e das quais, por esse motivo, desconfiamos. Muito interessante!
Madeixas, pedicure e Pilates... porque mereço cuidar de mim.

Monday, February 8, 2010

- "Vou muitas vezes ao cinema sozinha."
- "Ai! Que horror!"
Porquê? Será que temos de fazer sempre tudo com alguém para isso ser bom? Ir ao cinema, fazer compras, comer fora, passear no paredão num dia de s0l... Se me apetece, vou. Se puder ir com alguém, óptimo, mas nem sempre há disponibilidade ou a vontade surge de repente, e não é por isso que vou deixar de ir.
Não ponho em causa que, como é óbvio, sabe muito bem partilhar esses pedaços de vida com alguém... amigo, familiar, namorado. Mas temos de saber também partilhar o silêncio e o espaço da solidão, saber estar connosco, apenas e só.
Se não nos conhecemos, se não conseguimos estar connosco, como poderemos dar-nos a conhecer a outro e exigir que ele queira e goste de estar connosco?

Nas Nuvens.



Um filme leve, sobre a simplicidade e complexidade das decisões do dia-a-dia. As escolhas que fazemos, os rumos que tomamos, as voltas que a vida dá. Nós, quando nos enfrentamos com a consequência dos nossos actos e dessas opções. E depois, não há muito que fazer, a não ser procurar novos caminhos. Mesmo que não sejam os que mais desejamos.

Porque a vida, os prazeres da vida, só fazem sentido se partilhados. E porque qualquer pessoa precisa de um "co-piloto".

Sunday, January 31, 2010

... searching ...

Aquele abraço... aquele beijo... aquele olhar.

Porque para eles não há uma "melhor altura", um "melhor momento". Quando é, é. E é bom.

Friday, January 29, 2010

Uma questão de "bom senso"... mais de 15000 enfermeiros na rua.

Mais de 15000 enfermeiros saíram hoje à rua, no culminar de três dias de greve que tiveram uma adesão enorme, que rondou sempre os 90%. Uma vez mais as notícias na TV foram um pouco apressadas, pouco clarificadoras do impacto de algo que há mais de 20 anos não acontecia.
Saímos à rua para reclamar uma revalorização dos nossos salários e da nossa progressão na carreira. Não reclamamos receber mais por receber mais, mas receber aquilo que Enfermagem, em 1999, adquiriu como direito incontornável ao tornar-se licenciatura: receber o mesmo que outros profissionais que têm o mesmo nível de formação.
Foi bom, encorajador e revigorante ver a união da classe, a vontade de lutar pelos nossos direitos e por condições mais dignas de trabalho.
Ouviram-se aplausos e apoios à nossa luta, assim como comentários do género "vão mas é trabalhar". A essas pessoas apenas alguns comentários:
- Lutou-se muito no nosso país para sermos hoje um país democrático e livre, onde a greve e as manifestações são formas de protesto admissíveis e desejáveis;
- Muitos colegas teriam gostado de ter estado lá, nas ruas, connosco, e estiveram a prestar cuidados mínimos, para quem realmente necessita dos nossos cuidados não ficasse demasiado prejudicado (quantos profissionais têm esta exigência quando querem expressar a sua opinião e vontade?);
- Ao lutarmos pelos nossos direitos estamos também, e em grande parte, a lutar pelos direitos de todos os nossos utentes de receber os melhores cuidados de saúde, com o grau de excelência que apenas profissionais motivados e que apostam na formação contínua podem proporcionar (e sem dinheiro, tempo e serviços com dotações eficazes de enfermeiros isto não é possível!).
Foi um dia bom, com pessoas boas e ideias boas. Foi um dia do branco em Lisboa, de gritos entoados, de longa caminhada.
A quem nos pede "bom senso"... questione-se se somos nós ou a senhora que não o temos.

Wednesday, January 27, 2010

My life, lately...


A época de exames terminou... duas semanas e meia de loucura completa! Dormir a manhã toda, estudar à tarde e à noite, às vezes até às 3h... descansar por períodos, ir ao ginásio... pouco mais! Mas até agora posso dizer que tem valido a pena o esforço! Têm aparecido bons resultados, o que me deixa aliviada e feliz. Sim!, porque já que estou a gastar tempo e dinheiro, horas de sono e descanso... que seja para conseguir não só sair especialista mas também mestre, e para tal a média tem de ser superior a 14! Para já estou a consegui-lo... e com uma boa vantagem! :)
Depois do último exame, na segunda-feira, decidi oferecer a mim mesma uma aulinha relaxante de Pilates, um jantar no Oeiras Parque e uma ida ao cinema! E lá fui eu ver o "Nove"... mmmmm... eu que até gosto de musicais, fiquei um pouco desiludida... ainda que com alguns momentos brilhantes, o filme desapontou. Mas valeu por ir ao cinema, algo que não fazia há demasiado tempo!

E hoje, uma bela tarde e noite com a Pipinha! Lá fomos nós à agência... o senhor era louco, completamente, não se calava um segundo e a uma velocidade estonteante, mas deu para rir! E depois comprinhas! E muitas! Preços de chorar por mais! O que nos rimos...! e tudo isto num centro comercial que mais parece uma cidade... o Dolce Vita Tejo. Questiono-me: será necessário ter tantos centros comerciais neste país?!? Fica para pensar.